Depois de Israel ter acusado a Organização Mundial de Saúde (OMS) de se aliar ao grupo extremista e a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente (Unrwa) de ter funcionários que participaram no massacre, o Hamas condenou "firmemente a campanha de incitamento lançada pela entidade criminosa sionista contra as instituições internacionais" que contribuem para ajudar o povo palestiniano que, dizem, "está a ser sujeito a um genocídio nazi".
O grupo islamita referiu-se, em comunicado, a uma "acusação infundada" de Israel "contra a Organização Mundial de Saúde por alegada 'conivência' com o movimento do Hamas", bem como "o incitamento contra a Unrwa com o objetivo de cortar o seu financiamento e privar o povo palestiniano do seu direito aos serviços destas agências internacionais".
Antes deste comunicado, o Hamas já tinha feito um apelo à ONU e às organizações internacionais para que "não cedam às ameaças e chantagens de Israel".
Israel, por sua vez, não quer que a agência da ONU para refugiados palestinianos (Unrwa) desempenhe qualquer papel em Gaza, após o fim da guerra, indicou hoje Israel Katz, ministro dos Negócios Estrangeiros.
A Unrwa já tinha anunciado na sexta-feira que tinha recebido informações de Israel sobre o "alegado envolvimento de vários dos seus funcionários" no ataque.
"A fim de proteger a capacidade da agência de prestar ajuda humanitária, decidi rescindir imediatamente os contratos destes funcionários e abrir um inquérito", declarou o diretor da agência, Philippe Lazzarini, em comunicado.
"Qualquer funcionário que tenha estado envolvido em atos de terrorismo será responsabilizado, incluindo através de processos judiciais", prometeu.
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