O ministro informou os soldados estacionados perto da fronteira com a Faixa de Gaza que deixariam a região para serem transferidos para o norte do país, junto da fronteira com o Líbano.
"Em breve entrarão em ação (...) para que as forças do norte sejam reforçadas", disse Yoav Gallant, acrescentando que os reservistas deixariam as suas posições para se prepararem para estas futuras operações.
O chefe do Estado-Maior israelita, Herzi Halevi, indicou recentemente que a probabilidade de uma guerra "nos próximos meses" no norte do país era atualmente "muito maior do que no passado".
As forças israelitas afirmaram hoje que voltaram a atacar várias posições Hezbollah no sul do Líbano, em resposta a tiros da milícia do grupo xiita
"Ao longo do dia, foram identificados vários lançamentos provenientes do Líbano que cruzaram o norte de Israel. Em resposta, soldados das Forças de Defesa de Israel atacaram o foco do fogo, bem como outras áreas do Líbano", informou hoje um relatório militar.
Os aviões israelitas também atacaram "dois locais militares do Hezbollah onde vários terroristas foram identificados" na zona sul de Yaroun, refere o comunicado, e um terceiro de onde os eram lançados foguetes.
Por seu lado, o Hezbollah assumiu hoje a responsabilidade, na rede Telegram, por nove ataques realizados com foguetes e mísseis contra grupos de soldados israelitas perto da fronteira, incluindo em Al-Samaqa, uma cidade disputada nos Montes Golã, Birkat Risha e Jal al-Alam.
O risco de um confronto aberto entre Israel e o Hezbollah é cada vez mais elevado depois de 113 dias de hostilidades na região e de crescentes trocas de tiros na fronteira, que vive o seu maior pico de tensão desde a guerra de 2006.
Desde o início desta crise, já morreram mais de 230 pessoas, a maioria do lado libanês e nas fileiras do Hezbollah, que confirmou 174 vítimas nas suas fileiras, algumas das quais na Síria.
A tensão na região foi motivada pelo mais recente conflito entre Israel e o Hamas após o ataque sem precedentes do movimento islamita palestiniano em território israelita, matando cerca de 1.140 pessoas, na maioria civis, e levando mais de 200 reféns, segundo números oficiais de Telavive.
Em retaliação, Israel, que prometeu eliminar o movimento islamita palestiniano considerado terrorista pela União Europeia e Estados Unidos, lançou uma ofensiva em grande escala na Faixa de Gaza, onde, segundo as autoridades locais tuteladas pelo Hamas, já foram mortas mais de 26.000 pessoas -- na maioria mulheres, crianças e adolescentes.
O conflito provocou também cerca de 1,9 milhões de deslocados (cerca de 85% da população), segundo a ONU, mergulhando o enclave palestiniano sobrepovoado e pobre numa grave crise humanitária.
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