"Repugnante". Porta-voz de Biden criticada ao falar sobre soldados mortos

Em causa está a morte de três soldados norte-americano num ataque de 'drone', atribuído a grupos pró-iranianos, na fronteira entre a Jordânia e a Síria.

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Notícias ao Minuto
30/01/2024 09:22 ‧ 30/01/2024 por Notícias ao Minuto

Mundo

EUA

Karine Jean-Pierre, porta-voz do presidente dos Estados Unidos, gerou uma onda de críticas na segunda-feira, quando abordava a morte de três militares norte-americanos num ataque de 'drone' na fronteira entre a Jordânia e a Síria. Em causa está o facto de Jean-Pierre ter afirmado que os soldados tinham morrido "a lutar em nome da administração" Biden e não da América. 

"Obviamente, as nossas mais profundas condolências vão para as famílias que perderam três, três corajosos... três corajosos.. três pessoas que são militares, que são corajosos, que estão sempre a lutar, que estão a lutar em nome desta administração, do povo americano", disse a porta-voz da Casa Braga, em declarações ao programa 'Morning Joe' da MSNBC, mostrando-se com dificuldades em formar uma frase coerente. 

Contudo, as declarações da porta-voz presidencial não agradaram a todos e alguns, nomeadamente da ala republicana, encontraram motivos para criticar Karine Jean-Pierre, especificamente por se ter referido à administração Biden. 

Uma das pessoas a pronunciar-se foi Jeremy Redfern, assessor de imprensa do governador da Florida, o republicano Ron DeSantis. 

"Digam o que quiserem sobre esta salada de palavras, mas a ideia de que alguém nas forças armadas está a lutar em nome de qualquer administração é precisamente o que está errado com a classe dominante de DC", escreveu o assessor na rede social X (antigo Twitter), acrescentando ainda que o comentário foi "repugnante"

Doug Collins, antigo congressista do Partido Republicano, defendeu: "São membros do serviço militar que deram as suas vidas NÃO por esta administração, mas pelo país que servem! Eles são os nossos melhores e merecem mais do que isto", cita o New York Post. 

O deputado republicano Pat Fallon concordou. "Os nossos militares fizeram um juramento de defender a Constituição dos Estados Unidos. Não estão a lutar 'em nome' da equipa Biden", disse, referindo que se tratou de algo "incrivelmente desrespeitoso".

De acordo com o New York Post, Nile Gardiner, analista britânico de política externa, também se pronunciou. "A administração Biden é amadora, desorganizada, desrespeitosa e uma vergonha para os Estados Unidos", disse.

Alguns comentários criticavam ainda o facto de o governo de Biden "injetar" política "em tudo".

Recorde-se que, na segunda-feira, o Pentágono revelou que os três soldados mortos no ataque eram o sargento William Rivers, de 46 anos e natural de Carrollton, Geórgia, o especialista Kennedy Sanders, de 24 anos, de Waycross, Geórgia, e o especialista Breonna Moffett, de 23 anos, de Savannah, Geórgia. 

O ataque, ocorrido no domingo, teve como alvo uma base logística dos EUA no meio do deserto da Jordânia, na fronteira com o Iraque e a Síria, e fez pelo menos 40 feridos. 

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden está a ser pressionado internamente para responder à morte dos militares.  Na segunda-feira, o Irão negou qualquer envolvimento e disse que não estava a tentar expandir o conflito no Médio Oriente.

Leia Também: Estados Unidos elevam para 40 o número de feridos no ataque de 'drone'

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