"Nós celebramos a nossa longa cooperação de 44 anos com a República de Moçambique e estamos orgulhos pelo apoio que temos estado a prestar ao país. Não só em termos de assistência humanitária, mas também na criação de resiliência nas populações", declarou Cindy McCain.
A responsável falava à comunicação social em Roma, momentos após uma reunião com o chefe de Estado moçambicano, Filipe Nyusi, que realiza uma visita para participar na Cimeira Itália-África.
Cindy McCain manifestou a intenção de continuar a apoiar o país, afetado ciclicamente por desastres naturais devido à sua localização geográfica, sujeita à passagem de tempestades e, ao mesmo tempo, a jusante da maioria das bacias hidrográficas da África Austral.
Na atual época chuvosa, que começou em outubro, os serviços meteorológicos moçambicanos já avisaram que o país deve preparar-se para seca nas regiões centro e sul, a par de chuvas acima do normal no norte com a formação do fenómeno natural El Niño.
"Nós temos estado a trabalhar intensamente, sobretudo na previsão para que possamos saber onde este fenómeno [El Niño] vai ter maior impacto para colocarmos todos meios à disposição das populações. Neste aspeto, o Governo de Moçambique tem sido cooperativo", acrescentou Cindy McCain.
Moçambique é considerado um dos países mais severamente afetados pelas alterações climáticas no mundo, enfrentando ciclicamente cheias e ciclones tropicais durante a época chuvosa, que decorre entre outubro e abril.
O período chuvoso de 2018/2019 foi dos mais severos de que há memória em Moçambique: 714 pessoas morreram, incluindo 648 vítimas dos ciclones Idai e Kenneth, dois dos maiores de sempre a atingir o país.
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