De acordo com um relatório do Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD), as 69 mortes registadas, maioritariamente na Zambézia (22), centro de Moçambique, foram causadas por descargas atmosféricas, desabamento de paredes, afogamento e ataques por animais.
Desde 01 de outubro e até 29 de janeiro de 2024, 62 pessoas ficaram feridas, 3.702 casas ficaram parcial e totalmente destruídas e outras 2.358 inundadas na atual época chuvosa em Moçambique.
O mau tempo destruiu também 177 salas de aula e afetou 60 escolas, 13.283 alunos e 157 professores.
O INGD aponta ainda 2.435 campos agrícolas, 14 unidades de saúde, 14 casas de culto, 25 postes de energia e 170 estradas afetadas pelas intempéries.
Moçambique é considerado um dos países mais severamente afetados pelas alterações climáticas no mundo, enfrentando ciclicamente cheias e ciclones tropicais durante a época chuvosa, que decorre entre outubro e abril.
O período chuvoso de 2018/2019 foi dos mais severos de que há memória em Moçambique: 714 pessoas morreram, incluindo 648 vítimas dos ciclones Idai e Kenneth, dois dos maiores de sempre a atingir o país.
Já no primeiro trimestre do ano passado, as chuvas intensas e a passagem do ciclone Freddy provocaram 306 mortos, afetaram no país mais de 1,3 milhões de pessoas, destruíram 236 mil casas e 3.200 salas de aula, segundo dados oficiais do Governo.
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