"Sou apologista dos acordos de livre comércio, também do acordo do Mercosul", afirmou Scholz, na conferência de imprensa após a cimeira europeia extraordinária, realizada hoje para aprovar a ajuda financeira 50 mil milhões de euros à Ucrânia e no mesmo dia que agricultores de vários países europeus manifestaram-se em Bruxelas.
Apesar do acordo alcançado em 2019, a UE e o Mercosul (Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai) continuam em negociações sobre um texto que reforce compromissos ambientais.
Na semana passada, o presidente francês, Emanuel Macron, garantiu que ia impedir a ratificação nas condições atuais, uma posição secundada hoje pelo primeiro-ministro irlandês, Leo Varadkar, que afirmou que o "tratado comercial não pode ser ratificado na sua atual forma".
"Não podemos ter uma situação em que impomos regulamentos ambientais aos agricultores (europeus) e permitimos importações de países que não as têm".
Por seu lado, Scholz lamentou que, em traços gerais, os acordos de livre comércio demorem a concluir-se e escusou-se a avançar uma data para o Mercosul.
"Dizer quando é que se pode concluir um acordo que penso ter sido negociado há 20 anos é sempre arrojado", rematou.
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