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Japão cria visto para permitir estadas mais longas a nómadas digitais

O Japão quer criar um tipo de visto para permitir que profissionais estrangeiros que trabalham de forma remota, os chamados nómadas digitais, possam passar mais tempo no país, anunciou hoje o Governo.

Japão cria visto para permitir estadas mais longas a nómadas digitais
Notícias ao Minuto

07:35 - 02/02/24 por Lusa

Mundo Vistos

O novo visto vai permitir que nómadas digitais residam no Japão por um período de até seis meses, o dobro do tempo atualmente permitido pelos vistos de turista e de curto prazo, sublinhou a Agência de Serviços de Imigração japonesa.

Os requisitos vão incluir residentes em um dos 49 países e territórios com os quais o Japão tem acordos de isenção de visto para visitas de curta duração e tratados fiscais, nos quais se incluem Portugal e Brasil.

O candidato, que pode levar cônjuge e filhos para o Japão, terá ainda de usufruir de um rendimento anual superior a 10 milhões de ienes (cerca de 62.800 euros).

O Governo vai abrir, no sábado, uma plataforma para permitir ao público dar a opinião sobre o plano, tendo em vista a introdução do novo visto ainda durante o corrente ano fiscal, que termina a 31 de março.

Os nómadas digitais "podem tornar-se uma fonte de inovação", disse o ministro da Justiça japonês, Ryuji Koizumi, em conferência de imprensa.

"Embora muitos países estejam a fazer esforços para atrair [nómadas digitais], esperamos que estas pessoas também trabalhem no Japão", acrescentou, em declarações divulgadas pela agência de notícias japonesa Kyodo.

As empresas japonesas há muito que pedem ao Executivo que amplie as medidas para atrair este tipo de profissionais.

A Agência de Serviços de Imigração japonesa estimou que existem cerca de 35 milhões de nómadas digitais em todo o mundo, principalmente jovens da Europa e das Américas.

Em 2023, o Governo indicou que estava a considerar aumentar a duração das estadias como parte política de crescimento económico, no quadro da estratégia de redistribuição da riqueza defendida pelo primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida.

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