"Qualquer ataque [norte-americano] resultará numa resposta apropriada", alertou Akram al-Kaabi, líder de Al-Nujaba, que faz parte do grupo de combatentes "Resistência Islâmica no Iraque", num comunicado.
Este conjunto de movimentos armados pró-Irão está a ser diretamente acusado por Washington pelo ataque com 'drones' realizado no final de janeiro contra a "Torre 22", uma base logística localizada no deserto da Jordânia, na fronteira com a Síria.
O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional norte-americano, John Kirby, afirmou mesmo que o ataque - que matou três soldados norte-americanos - "tinha certamente a marca" das Brigadas do Hezbollah, outro grupo armado iraquiano considerado como um dos principais líderes da "Resistência Islâmica no Iraque".
As Brigadas do Hezbollah anunciaram no final de janeiro "a suspensão" dos seus ataques contra as tropas norte-americanas no Iraque e na Síria, uma decisão que o movimento Al-Nujaba garantiu, no seu comunicado de hoje, diz compreender e "respeitar".
Mas "a Resistência Islâmica no Iraque, com as suas outras fações, continuará" as suas ações, até que as suas "exigências sejam satisfeitas", nomeadamente "a cessação das operações em Gaza" e a saída dos soldados norte-americanos do Iraque, afirmou a nota.
"Quanto ao que é libertado pela máquina de guerra psicológica norte-americana, que nunca para de trovejar, ameaçar e intimidar, não nos abalará nem um fio e não nos dissuadirá", afirmou o comunicado.
Desde meados de outubro, pelo menos 165 ataques tiveram como alvo tropas norte-americanas e da coligação internacional antijihadista no Iraque e na Síria, uma repercussão direta do conflito entre Israel e o grupo islamita palestiniano Hamas em Gaza.
Leia Também: Milícias apoiadas pelo Irão atacam com drones base dos EUA na Síria