Em comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) palestiniano sublinhou que esta nova posição expressa pelas autoridades de Londres é um "avanço significativo".
Afirmou tratar-se de "um passo na direção certa", não só para alcançar um cessar-fogo imediato, mas também para "proteger os civis palestinianos e assegurar as suas necessidades humanitárias básicas", como "prelúdio" para o fim da ocupação israelita dos territórios palestinianos.
Nesse sentido, o MNE palestiniano apontou a necessidade de estas declarações emitidas por Cameron serem adotadas como posição oficial pela totalidade do Governo britânico e traduzirem-se em medidas práticas no terreno.
Entre elas, apoiar "os direitos justos e legítimos do povo palestiniano" e reparar o "erro histórico" que o Reino Unido cometeu em relação ao mandato britânico que lhe foi confiado pela então Sociedade das Nações em 1922.
"A Autoridade Palestiniana espera que estas declarações acabem por traduzir-se no total reconhecimento britânico do Estado Palestiniano e no seu apoio à adesão como membro de pleno direito às Nações Unidas, como ponto de partida necessário para o êxito dos esforços internacionais para alcançar a paz", lê-se no comunicado citado pela agência de notícias Europa Press.
O Reino Unido tem-se tradicionalmente apresentado como um apoiante da solução de dois Estados, mas até agora inclinava-se para condicionar qualquer passo à assinatura de um acordo de paz entre as partes. As palavras de Cameron sugerem, em contraste, que tal poderá ser alcançado no âmbito de um hipotético processo negocial.
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