"Depois de tomar nota com muito cuidado do discurso [do Presidente do Senegal] dirigido ao povo senegalês, tomei a decisão de retirar todas as consequências disto tudo e de deixar o Governo", disse Coulibaly, em comunicado.
Coulibaly, um antigo jornalista de renome no Senegal e irmão de um dos juízes suspeitos de corrupção no caso invocado por Sall para adiar as eleições, referiu ter-se demitido para poder defender as suas opiniões e as suas convicções políticas.
E acrescentou: "Essa liberdade é essencial para mim neste momento".
O chefe de Estado senegalês, Macky Sall, anunciou hoje a revogação do decreto que fixava o dia 25 de fevereiro como data das eleições presidenciais no país, adiando "sine die" o ato eleitoral.
"Assinei o decreto de 03 de fevereiro de 2024 que revoga o decreto" de 26 de novembro de 2023 que fixava as eleições presidenciais para 25 de fevereiro de 2024, disse o Presidente senegalês num discurso à Nação, poucas horas antes do início da campanha eleitoral.
A decisão surge após a criação de uma comissão parlamentar que investiga dois juízes do Conselho Constitucional cuja integridade é contestada.
Leia Também: Presidente do Senegal adia 'sine die' data das eleições presidenciais