Na sexta-feira, os Estados Unidos realizaram uma série de ataques contra forças de elite iranianas e grupos armados pró iranianos na Síria e no Iraque, em resposta à morte de três soldados norte-americanos na Jordânia, a 28 de janeiro.
O conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, afirmou no sábado que os Estados Unidos vão continuar a retaliar e não exclui a possibilidade de um ataque direto contra alvos no Irão.
"A República Islâmica não hesitará em utilizar capacidades para dar uma resposta que fará com que os agressores se arrependam", reagiu o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, Nasser Kanani, em conferência de imprensa.
"Outros já viram esta capacidade e este poder e calcularão cem vezes antes de fazer algo de errado", acrescentou.
No sábado, os Estados Unidos e o Reino Unido anunciaram ter bombardeado dezenas de alvos no Iémen, em resposta aos repetidos ataques dos rebeldes huthi, apoiados pelo Irão, contra navios no Mar Vermelho e no Golfo de Aden.
Kanani criticou os ataques no Iraque, Iémen e Síria como "ações aventureiras" e ilegais, afirmando que foram levados a cabo como parte de "uma política de apoio total" a Israel.
Os huthis afirmam que estão a agir em solidariedade com os palestinianos em Gaza.
As forças norte-americanas anunciaram no domingo que realizaram ataques aéreos contra cinco mísseis no Iémen, preparados para serem lançados contra navios no Mar Vermelho.
Teerão "não procura agravar as tensões e as crises na região e nunca apoiou as tensões e as crises", acrescentou o porta-voz iraniano.
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