"A vitória absoluta é essencial, porque garante a segurança de Israel"

Uma "vitória total" do Exército israelita na Faixa de Gaza desferiria um "golpe fatal" ao movimento islamita palestiniano Hamas, mas também ao Irão e aos seus aliados.

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Lusa
05/02/2024 15:56 ‧ 05/02/2024 por Lusa

Mundo

Israel/Palestina

"A vitória absoluta é essencial, porque garante a segurança de Israel (...). Uma vitória total será um golpe fatal para o 'eixo do mal' composto pelo Irão, o Hezbollah, os Huthis e, claro, o Hamas", sustentou Netanyahu no final de um encontro com militares, segundo um comunicado emitido pelo seu gabinete.

Na ausência de vitória, afirmou ainda, "os deslocados [israelitas] não regressarão [a casa]. O próximo massacre será apenas uma questão de tempo, e o Irão, o Hezbollah e outros banquetear-se-ão aqui e destruirão o Médio Oriente".

A 7 de outubro, combatentes do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) - desde 2007 no poder na Faixa de Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel - realizaram em território israelita um ataque de proporções sem precedentes desde a criação do Estado de Israel, em 1948, fazendo 1.163 mortos, na maioria civis, e cerca de 250 reféns, 132 dos quais permanecem em cativeiro, segundo o mais recente balanço das autoridades israelitas.

Em retaliação, Israel declarou uma guerra para "erradicar" o Hamas, que começou por cortes ao abastecimento de comida, água, eletricidade e combustível na Faixa de Gaza e bombardeamentos diários, seguidos de uma ofensiva terrestre ao norte do território, que depois se estendeu ao sul.

A guerra entre Israel e o Hamas, que hoje entrou no 122.º dia e continua a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente, fez até agora na Faixa de Gaza mais de 27.000 mortos, 67.000 feridos e 8.000 desaparecidos, na maioria civis, de acordo com o último balanço das autoridades locais, e quase dois milhões de deslocados (mais de 85% dos habitantes), mergulhando o enclave palestiniano sobrepovoado e pobre numa grave crise humanitária, com toda a população afetada por níveis graves de fome que já está a fazer vítimas, segundo a ONU.

Na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, territórios ocupados pelo Estado judaico, mais de 370 palestinianos foram mortos desde 07 de outubro pelas forças israelitas e em ataques perpetrados por colonos, além de se terem registado mais de 3.000 feridos e 5.600 detenções.

Leia Também: Israel. Falta de financiamento à UNRWA terá "consequências terríveis"

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