"Os cidadãos indianos em Rajine são aconselhados a deixar o estado", disse o Ministério dos Negócios Estrangeiros, citando a "deterioração gradual da situação de segurança" na região, que faz fronteira com a Índia.
A diplomacia de Nova Deli advertiu que se registaram cortes nos serviços de comunicações e que há uma grave escassez de bens.
O porta-voz do ministério, Randhir Jaiswal, afirmou que "a situação na Birmânia é motivo de grande preocupação, uma vez que tem implicações diretas para a Índia".
Nova Deli defende a importância de se alcançar um "cessar-fogo" no país vizinho capaz de iniciar uma "transição para uma democracia federal e inclusiva".
Nos últimos meses, os conflitos na região têm vindo a intensificar-se, com a continuação dos combates entre o Exército Arakan (AA) e a Junta Militar.
Os rebeldes conseguiram tomar vários postos de controlo do Exército ao longo do último ano, embora os militares tenham efetuado numerosos ataques a partir do mar, da terra e do ar, que resultaram também em baixas civis.
Desde o recomeço dos combates em novembro do ano passado, o Exército de Arakan tomou 170 posições da Junta Militar, incluindo a cidade de Pauktaw, perto da capital do Estado, Sittwe.
O AA faz parte da aliança rebelde que lançou a chamada "Operação 1027" no Estado de Shan, no norte do país, numa tentativa de expulsar os militares da região.
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