O exército continua "a preparar-se para a expansão da guerra e para passar à ofensiva" contra o Hezbollah, apoiado pelo Irão, afirmou o general Ori Gordin, citado pelo jornal The Times of Israel.
Gordin abordou a situação de segurança na fronteira numa reunião com presidentes de câmara e representantes das comunidades do norte de Israel que tiveram de ser transferidas devido à troca de tiros com o Hezbollah.
Em comunicado, afirmou que o objetivo do exército é "provocar uma mudança" na situação para facilitar o regresso dos residentes da zona a casa "com um sentimento de segurança".
Os residentes do norte são "o nosso motivo para continuar, a espinha dorsal das conquistas que alcançámos na região até agora", referiu.
Os ataques entre Israel e o Hezbollah têm sido contínuos de ambos os lados da fronteira desde o início da ofensiva em Gaza, em resposta aos ataques de 07 de outubro do grupo islamita palestiniano Hamas.
Em consequência, cerca de 80.000 pessoas foram deslocadas internamente no norte, juntando-se às deslocadas no sul, na sequência do ataque das milícias palestinianas.
"O exército continuará a minar as capacidades do Hezbollah", disse Gordin durante a reunião segundo o jornal israelita, citado pela agência espanhola Europa Press.
O The Times of Israel noticiou hoje que o Hezbollah disparou pelo menos 30 foguetes do Líbano contra o norte de Israel na quinta-feira, sem provocar vítimas.
Os disparos ocorreram horas depois de um ataque de um 'drone' (aparelho aéreo não tripulado) israelita na cidade de Nabatieh, no sul do Líbano, que terá atingido dois operacionais do Hezbollah, incluindo um comandante de topo.
Uma fonte da segurança libanesa disse na quinta-feira à noite que um comandante militar do Hezbollah ficou gravemente ferido, bem como a pessoa que o acompanhava numa viatura atingida por um míssil disparado a partir do 'drone'.
O ataque do 'drone' terá sido uma represália a um ataque anterior do Hezbollah a uma base militar, que deixou feridos três soldados israelitas, um deles com gravidade.
Em quatro meses, 227 pessoas, na maioria combatentes do Hezbollah, mas também 27 civis, três dos quais jornalistas, foram mortas no sul do Líbano, segundo uma contagem da agência noticiosa francesa AFP.
Do lado israelita, foram mortas 15 pessoas, segundo o exército.
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