Um comunicado da Presidência egípcia reagiu nestes termos "às declarações do Presidente norte-americano, Joe Biden, em 08 de fevereiro, sobre a situação na Faixa de Gaza", nas quais Biden afirmou ter pressionado o chefe de Estado egípcio, Abdelfatah al-Sisi, a concordar em abrir a passagem de Rafah à chegada de ajuda à população civil.
"A Presidência da República afirma que há coincidência nas posições do Egito e dos Estados Unidos e que o trabalho conjunto e a cooperação intensa continuam para alcançar uma trégua em Gaza e um cessar-fogo que permita a entrada de ajuda nas quantidades e na rapidez necessária para ajudar a população da Faixa", pode ler-se na nota.
A presidência egípcia lembrou ainda que Cairo e Washington "concordam na rejeição da saída forçada" dos habitantes de Gaza para o Egito face à operação militar israelita.
Sobre a declaração de Biden - em que o Presidente norte-americano confundiu o Presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, com o do Egito - o comunicado defendeu o papel do Cairo e garantiu que "abriu a travessia, desde o primeiro momento, sem limitações ou condições".
"Contudo, o bombardeamento de Israel do outro lado da passagem, que se repetiu quatro vezes, impediu a entrada de ajuda. Quando esse bombardeamento terminou, o Egito reparou imediatamente a passagem e fez os preparativos técnicos necessários para que a maior ajuda possível entrasse em Gaza", acrescenta a nota da Presidência egípcia.
O documento também sublinha que o Cairo "continuará os seus esforços para alcançar um cessar-fogo o mais rapidamente possível" e insiste que "a única solução" para o conflito e o modelo de dois Estados, com o estabelecimento de um Estado Palestiniano".
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