"Encorajar o Kremlin a atacar qualquer país da Organização do Tratado do Atlântico Norte [NATO] ou o território da Aliança coloca os nossos soldados - os dos Estados Unidos e os dos nossos aliados - em perigo. Fazê-lo, através deste tipo de declarações, é perigoso e francamente irresponsável", disse Julianne Smith, durante um `briefing´ com jornalistas, por videoconferência, para antecipar uma reunião ministerial na quinta-feira.
No sábado, o republicano Donald Trump disse, a poucos dias do segundo aniversário da invasão da Ucrânia pela Rússia, que, a ser reeleito Presidente dos Estados Unidos, encorajaria Moscovo a fazer o que entendesse com os países com menores contribuições para a NATO.
O 45.º Presidente dos Estados Unidos da América (EUA) fez as declarações durante um comício na Carolina do Sul, intensificando os ataques contra a ajuda externa e as alianças internacionais de longa data, por exemplo, a NATO.
Donald Trump contou que terá sido confrontado pelo Presidente de um país da NATO sobre a ameaça de deixar um dos Estados-membros ser atacado se estivessem em incumprimento dos objetivos de contribuições financeiras para Aliança Atlântica.
"Um dos presidentes de um dos grandes países levantou-se e disse: 'Bem, senhor [Trump], se não pagarmos e formos atacados pela Rússia, vai defender-nos?'", contou Trump perante apoiantes.
E terá respondido: "Não, não vou proteger-vos mais. Aliás, vou encorajá-los a fazerem o que quiserem convosco. Vocês têm de pagar as dívidas que têm".
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