"A França reafirma a sua firme condenação desta violência inaceitável. Como afirmamos em inúmeras ocasiões, é responsabilidade das autoridades israelitas pôr-lhe fim e processar os seus perpetradores", afirma o ministério em comunicado.
Estes 28 indivíduos são "alvo de uma proibição administrativa do território francês", acrescenta o Quai d'Orsay, que afirma estar a trabalhar na "adoção de sanções a nível europeu" contra colonos violentos.
Washington e Londres tomaram sanções contra "colonos extremistas", mas a União Europeia, que deve decidir sobre eles por unanimidade, ainda não conseguiu chegar a acordo sobre o assunto, devido à oposição de países como a Hungria e a República Checa, segundo fontes diplomáticas.
"Os colonatos são ilegais perante o direito internacional e devem parar. A sua continuação é incompatível com a criação de um Estado palestiniano viável, que é a única solução para que israelitas e palestinianos possam viver, lado a lado, em paz e segurança", considera ainda o Quai d'Orsay.
Os Estados Unidos e a Europa defendem uma solução de dois Estados, à qual se opõe o Governo israelita, empenhado numa guerra contra o Hamas palestiniano em Gaza, após o sangrento ataque de 7 de outubro perpetrado pelo movimento islâmico em Israel.
Este conflito tem repercussões na Cisjordânia, território palestiniano ocupado desde 1967 por Israel, que tem sido abalado por um recrudescimento da violência desde o início da guerra entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza.
Segundo a Autoridade Palestiniana, mais de 380 palestinianos foram mortos desde então por soldados israelitas ou colonos na Cisjordânia. Mais de 2,9 milhões de palestinianos vivem na Cisjordânia ocupada, separada da Faixa de Gaza pelo território israelita. Cerca de 490 mil israelenses também vivem lá, em assentamentos considerados ilegais pelo direito internacional.
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