Os ataques atingiram nove edifícios de apartamentos, bem como o hospital da cidade, localizada a cerca de 20 quilómetros a oeste da frente de batalha, afirmou o conselho municipal de Selydove na plataforma de mensagens Telegram. (Pode ver a destruição causada no hospital no vídeo disponível na galeria acima)
De acordo com o governador da região de Donetsk, o primeiro ataque ocorreu por volta das 23h30 de terça-feira (21h30 em Lisboa) e um segundo por volta das 01h00 (23h00 de terça-feira em Lisboa).
Cerca de 100 pacientes do hospital danificado foram levados para outros hospitais em Pokrovsk e Myrnograd, acrescentou Vadym Filachkine no Telegram.
Selydove, que tinha cerca de 21 mil habitantes antes da guerra, está localizada perto da cidade de Donetsk, ocupada pela Rússia desde 2014.
Também esta madrugada, as defesas aéreas russas intercetaram seis drones ucranianos sobre o mar Negro, dois sobre a região de Belgorod e um outro sobre Voronezh (ambas junto à fronteira com a Ucrânia), disse o Ministério da Defesa russo, citado pela agência de notícias Ria Novosti.
O governador da região de Belgorod, Vyacheslav Gladkov, disse que uma mulher ficou ferida e foi hospitalizada devido ao ataque dos drones ucranianos.
A Ucrânia tem sido confrontada quase todas as noites com ataques aéreos, por vezes com dezenas de mísseis e 'drones', nomeadamente contra centros urbanos.
Para fazer responder a esta situação, a Ucrânia afirma precisar de mais munições e armas para as defesas antiaéreas.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou, de acordo com os mais recentes dados da ONU, a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
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