Moscovo tem-se esforçado, nos últimos anos, por manter boas relações com todos os intervenientes no conflito israelo-palestiniano, mas as relações com Israel tornaram-se tensas devido à ofensiva em Gaza e à rejeição clara sobre um Estado palestiniano.
Neste contexto, o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Mikhail Bogdanov, anunciou a realização de conversações "interpalestinianas", a partir de 29 de fevereiro, em Moscovo, incluindo com a Jihad Islâmica e o Hamas, que Israel considera organizações "terroristas".
Segundo Bogdanov, as conversações vão prolongar-se "até 01 ou 02 de março".
"Convidámos todos os representantes palestinianos, todas as forças políticas que têm representantes em diferentes países, incluindo a Síria e o Líbano", acrescentou o vice-ministro e enviado especial do Kremlin para o Médio Oriente.
Entre os convidados de Moscovo encontra-se o Hamas, que governa a Faixa de Gaza e liderou os ataques contra Israel em 07 de outubro, provocando o ataque do Exército israelita no enclave palestiniano.
A Fatah, o partido do presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, também recebeu o convite do Kremlin.
O Presidente russo, Vladimir Putin, tem criticado a atuação de Israel em Gaza e desde o ataque à Ucrânia, reforçou também os laços com o Irão.
O ataque sem precedentes do Hamas, em 07 de outubro do ano passado, no sul de Israel, causou a morte de mais de 1.160 pessoas, a maioria civis.
Em represália, Israel lançou uma ofensiva na Faixa de Gaza que provocou a morte de 28.775 pessoas, na maioria civis, segundo os últimos números divulgados hoje pelo Ministério da Saúde do Hamas.
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