Vinte e seis países da UE pedem "pausa humanitária imediata" em Gaza

Vinte e seis dos 27 países da União Europeia (UE) apelaram hoje para uma "pausa humanitária imediata" na Faixa de Gaza, anunciou o chefe da diplomacia europeia, numa posição inédita do bloco comunitário, que a Hungria não aceitou.

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Lusa
19/02/2024 20:16 ‧ 19/02/2024 por Lusa

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Israel/Palestina

Este pedido significa uma "paragem dos combates" para depois permitir um cessar-fogo duradouro, explicou o alto representante da União para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, Josep Borrell, durante uma conferência de imprensa, no final de uma reunião de chefes da diplomacia da UE.

Esta é a primeira vez que uma ampla maioria na UE contempla a necessidade de um cessar-fogo em Gaza, uma vez que o consenso a que os líderes europeus conseguiram chegar desde o início da guerra, em outubro, se limitou a apelos a pausas e corredores humanitários.

Os 26 países disseram estar "muito preocupados" com a possibilidade de uma ofensiva em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, referiu o chefe da diplomacia europeia.

A situação em Gaza é catastrófica e poderá ser "ainda pior" se Israel mantiver a sua intenção de levar a cabo esta ofensiva, afirmou Borrell.

Os 26 Estados pedem a Israel que não lance ações militares em Rafah, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros belga, Hadja Lahbib, na rede social X (antigo Twitter).

Os combates prosseguiram hoje na Faixa de Gaza, onde Israel ameaça continuar a sua ofensiva contra o movimento islamita palestiniano Hamas durante o Ramadão (que se inicia em 10 de março), se os reféns que mantém em seu poder não forem libertados, incluindo na região de Rafah, no sul do enclave, onde estão concentrados quase um milhão e meio de civis palestinianos.

Questionado sobre a recusa da Hungria em aderir ao pedido dos outros 26 Estados, Borrell recusou-se a comentar, sublinhando, no entanto, que se a UE pretende "desempenhar um papel" na região, não o poderá fazer se não estiver unida.

Os europeus estão muito divididos em relação ao conflito entre Israel e o Hamas. Alguns países, incluindo a Hungria, destacam o direito de Israel de se defender, enquanto outros, como a Espanha e a Irlanda, apelam para um cessar-fogo imediato para pôr fim à violência.

O número de vítimas continua a aumentar no território palestiniano, onde pelo menos 29.092 pessoas foram mortas desde o início da guerra, segundo o Ministério da Saúde do enclave controlado pelo Hamas, que contabilizou 107 mortos em 24 horas em dezenas de ataques, nomeadamente em Rafah e na cidade vizinha de Khan Yunis.

A guerra foi desencadeada por um ataque sem precedentes lançado em 07 de outubro do ano passado por comandos do movimento islamita palestiniano no sul de Israel, que deixaram mais de 1.100 mortos.

Em retaliação, Israel prometeu aniquilar o Hamas e iniciou uma ofensiva militar na Faixa de Gaza.

[Notícia atualizada às 21h20]

Leia Também: EUA propõem cessar-fogo temporário em Gaza e opõem-se a ataque em Rafah

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