O porta-voz do Kremlin negou, esta terça-feira, as acusações da mulher de Alexei Navalny, que disse que o seu marido morreu envenenado com Novichok e que Putin estava envolvido no homicídio.
"Claro que são acusações absolutamente infundadas e grosseiras contra o chefe de Estado da Rússia", declarou, acrescentando que não faria mais comentários sobre o assunto por compreender que Yulia Navalnaya tinha ficado "viúva há apenas uns dias", noticia o Barron's.
Recorde-se que a mulher de Navalny partilhou um vídeo onde alegava que o marido tinha morrido por envenenamento. Acusava, ainda, as autoridades russas de esconderem o corpo de Alexei Navalny enquanto esperam que os vestígios do agente nervoso Novichok com que o envenenaram desapareçam.
Peskov renunciou ainda a comentar a posição da UE que, esta segunda-feira, exigiu que a Rússia permitisse uma investigação internacional independente às circunstâncias da "morte súbita" de Alexei Navalny, líder da oposição russa.
"A Rússia deve permitir uma investigação internacional independente e transparente sobre as circunstâncias desta morte súbita. A UE, em estreita coordenação com os parceiros, não poupará esforços para responsabilizar a liderança política e as autoridades russas, e para impor consequências pelos seus atos, nomeadamente através de sanções", disse o alto representante para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, Josep Borrell, citado em comunicado.
O chefe da diplomacia europeia disse que a UE "está indignada com a morte do político da oposição russa Alexei Navalny, cuja responsabilidade recai, em última instância, sobre o Presidente [da Rússia] Vladimir Putin e as autoridades russas".
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