Gopinath manterá reuniões com "funcionários do Governo e outros responsáveis, para aprender sobre os difíceis desafios económicos e sociais da Argentina, bem como sobre o seu enorme potencial", realçou o FMI através da rede social X.
A publicação do organismo não especifica a duração da viagem nem a agenda da 'número dois' do FMI.
O Presidente argentino Javier Milei participa no próximo sábado, de acordo com a sua agenda pública, no encerramento da grande convenção anual da direita norte-americana, a Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC, na sigla em inglês), de decorre nos arredores de Washington a partir desta quarta-feira.
Desde que Milei assumiu a presidência do país, em dezembro, o FMI produziu elogios ao político ultraliberal.
Em 01 de fevereiro, a diretora-geral do FMI, Kristalina Georgieva, considerou, num encontro com a comunicação social, que Milei tem "mais ambição" do que se viu nos anos anteriores para resolver os problemas económicos do país e "dizer a verdade às pessoas".
Em concreto, elogiou a decisão de retirar o controverso capítulo fiscal do seu projeto de "lei omnibus", com o objetivo de acelerar o processo parlamentar no Congresso.
As Bases Jurídicas e Pontos de Partida para a Liberdade dos Argentinos, mais conhecida como "lei omnibus", era o pacote com o qual planeava realizar uma reforma liberal no país.
Georgieva falou horas depois de o Conselho Executivo do FMI ter dado a sua aprovação à sétima revisão - a primeira sob o governo Milei - do programa de facilidades alargadas para refinanciar a dívida, garantindo assim o desembolso imediato de 4,7 mil milhões de dólares (4,3 mil milhões de euros, à taxa de câmbio atual).
O programa assinado em março de 2022 pelo executivo do ex-presidente Alberto Fernández (2019-2023) com a entidade, para refinanciar a dívida contraída em 2018 durante o mandato de Mauricio Macri (2015-2019) por cerca de 45.000 milhões de dólares (41.638 milhões de euros) inclui 10 revisões, que serão realizadas trimestralmente durante dois anos e meio.
O FMI prevê uma queda de 2,8% na economia para o país latino-americano em 2024, de acordo com o seu último relatório de perspetivas económicas, publicado no final de janeiro. A entidade previa um crescimento de 2,8% em outubro.
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