Força Aérea reivindica abate de avião de deteção e vigilância russo
A Força Aérea ucraniana reivindicou sexta-feira o abate de um avião de deteção, vigilância e de comando russo, num momento em que as forças de Kyiv registam dificuldades nos combates.
© Getty Images
Mundo Ucrânia
"Graças a uma operação conjunta de inteligência do Ministério da Defesa e da Força Aérea ucraniana, outra valiosa aeronave russa A-50U foi abatida sobre o mar de Azov", divulgou o ministério da Defesa ucraniano.
"A destruição do A-50U durante o voo é outro golpe sério no potencial e nas capacidades de Moscovo", acrescentou a mesma fonte, citada pela agência France-Presse (AFP).
Moscovo não confirmou de imediato esta informação, mas as autoridades da região de Krasnodar, perto da Ucrânia, no sul da Rússia, revelaram que os serviços de socorro estavam a dirigir-se para o local da queda do avião.
O A50 é um dispositivo equivalente ao Awacs (sistema de Alerta e Controlo Aéreo) dos países da NATO.
Ambos são facilmente reconhecíveis pelo grande radar instalado acima da fuselagem. Segundo dados da empresa privada de inteligência britânica Janes, os russos tinham dez modelos mais antigos e sete mais modernos (A-50U), recentemente renovados e em serviço.
Vídeos nas redes sociais mostram vários flashes de luz brilhante no céu e, de seguida, um grande incêndio no que parece ser uma área rural.
A Ucrânia já tinha anunciado em janeiro que tinha abatido um avião deste tipo na mesma zona.
O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky pediu hoje aos aliados ocidentais que entreguem rapidamente novos sistemas de defesa aérea e aviões de caça.
Enfraquecido pelo fracasso da sua contraofensiva de verão e pela crescente falta de munições e de soldados, o Exército ucraniano enfrenta uma situação extremamente difícil na frente e foi obrigado, na semana passada, a ceder a cidade-fortaleza de Avdiivka, no leste, depois de meses de duros combates com as forças russas.
Zelensky explicou hoje que os atrasos nas entregas de armas contribuíram para o fracasso da contraofensiva de Kyiv no verão de 2023.
A Ucrânia tem contado com ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais desde que a Rússia invadiu o país, em 24 de fevereiro de 2022.
Os aliados de Kyiv também têm decretado sanções contra setores-chave da economia russa para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra na Ucrânia.
O conflito provocou a destruição de importantes infraestruturas em várias áreas na Ucrânia, bem como um número por determinar de vítimas civis e militares.
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