"Trata-se de uma agressão brutal contra a Ucrânia, por isso, é obviamente muito importante que, do lado da UE, continuemos a fazer tudo o que for necessário para ajudar a Ucrânia a defender-se e a vencer esta guerra e, obviamente, uma das coisas mais urgentes é trabalhar no fornecimento de munições neste momento", declarou o responsável, no dia em que se assinalam dois anos da guerra em território ucraniano causada pela invasão russa.
Nas declarações prestadas à chegada ao segundo e último dia da reunião informal dos ministros das Finanças da UE, na cidade belga de Gante pela presidência rotativa do Conselho assumida pela Bélgica, Valdis Dombrovskis disse ser "evidente que a UE terá de prestar muito mais atenção às suas capacidades de defesa e às capacidades da sua indústria de defesa".
"Precisamos de trabalhar em conjunto para o desenvolver e, obviamente, isto também significa mais despesas ao nível dos Estados-membros, porque sabemos que muitos dos Estados-membros da UE ainda não estão a cumprir o objetivo da NATO para as despesas de defesa de 2% do PIB", assinalou o responsável.
Questionado sobre uma eventual emissão de dívida conjunta na UE para a área da Defesa, à semelhança do que foi feito para a recuperação pós-crise da covid-19, Valdis Dombrovskis indicou que, "sobre os instrumentos exatos, é evidente que temos de fazer mais, tanto ao nível nacional como da UE".
"Vamos trabalhar nesse sentido", concluiu.
A economia ucraniana procura recuperar-se apesar da guerra, dois anos depois do início da invasão pela Rússia, em 24 de fevereiro de 2022, suportada em grande parte pela ajuda militar e financeira internacional.
No que toca à questão militar, nos últimos dias, vários governos europeus insistiram na necessidade de coordenar melhor o fornecimento de equipamento à Ucrânia. Nas últimas semanas, a Ucrânia assinou acordos bilaterais de segurança com o Reino Unido, a França e a Alemanha e está a negociar pactos semelhantes com outros países.
Em 01 de fevereiro, os líderes da União Europeia chegaram a um acordo sobre apoio financeiro de 50 mil milhões de euros à Ucrânia.
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