"Todos e cada um dos casos assinalados" pelo Governo de Nova Deli foram analisados pelas autoridades russas e "consequentemente vários indianos foram libertados", indicou o Ministério dos Negócios Estrangeiros indiano, em comunicado, sem precisar um número.
Esta declaração surgiu uma semana depois de o jornal indiano The Hindu ter noticiado que vários cidadãos, que viajaram para a Rússia sob a promessa de trabalhar como ajudantes do exército, longe da linha da frente, foram enviados para combater na Ucrânia, de onde não conseguiam sair.
O Ministério insistiu que o Governo vai examinar "todos os casos relevantes de cidadãos" na Rússia "para que possam deixar o exército russo".
O líder do partido islâmico All India Majlis-e-Ittehad-ul Muslimeen (AIMIM), Asaduddin Owaisi, indicou que, na sequência de contactos mantidos com familiares de quem se encontra naquela situação, pelo menos 12 indianos viajaram para a Rússia para "trabalhar como seguranças em edifícios e foram enganados e levados para a frente de batalha".
Desde o início da guerra na Ucrânia, em fevereiro de 2022, a Índia evitou condenar a invasão russa.
A Rússia é um aliado histórico de Nova Deli e um dos principais fornecedores de equipamento militar. Apesar das sanções internacionais, a Índia continuou a comprar crude a Moscovo.
A Índia pediu também aos cidadãos para se manterem à margem do conflito, apesar de cerca de 500 terem pedido para se juntarem à Legião Internacional para a Defesa da Ucrânia, nos primeiros meses de guerra, de acordo com meios de comunicação social indianos.
No entanto, a lei indiana proíbe os cidadãos de participarem em conflitos armados em outros territórios ou países com os quais Nova Deli esteja em paz.
Ao abrigo do Código Penal da Índia, quem não cumprir esta norma "será castigado com pena de privação de liberdade, de qualquer tipo, por um período que pode estender-se a sete anos".
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