O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos, em cooperação com o Governo britânico, tomou medidas contra o vice-comandante da Força Quds, Mohammad Reza Falahzadeh, bem como contra Ibrahim al-Nashiri, um membro dos Huthis que tem fornecido "apoio militar significativo" ao grupo iemenita, segundo infirmaram hoje as autoridades dos dois países.
Várias unidades da Força Quds foram afetadas pelas novas sanções, que atingem igualmente a empresa Artura, que é associada à companhia Cap Tees Shipping, com sede em Hong Kong, e está supostamente envolvida na transferência de mercadorias para posterior venda aos rebeldes Huthi e à Guarda Revolucionária Iraniana.
Mohammad Reza Falahzadeh e Al-Nashiri são indicados nas sanções pelo seu papel direto ou indireto em nome dos Huthis, de acordo com o comunicado, para ditar o grupo iemenita de meios.
"As receitas geradas através destas redes ilícitas permitem atividades Huthi, incluindo numerosos ataques terroristas na região realizados com recurso a veículos aéreos não tripulados e mísseis", disse o Tesouro dos Estados Unidos.
A entidade afirma que esta medida se enquadra na "recente designação do Departamento de Estado", que incluiu os Huthis na sua lista de organizações terroristas como resultado de "ataques contínuos contra o comércio marítimo internacional no Mar Vermelho e no Golfo de Aden".
Neste sentido, o Governo norte-americano esclareceu que esta ação demonstra a sua "determinação em combater os esforços da Força Quds e dos Huthis para escapar às sanções dos Estado Unidos e financiar novos ataques na região".
"Enquanto os Huthis ameaçam persistentemente a segurança do comércio internacional pacífico, os Estados Unidos e o Reino Unido continuarão a perturbar os fluxos de financiamento que permitem estas atividades desestabilizadoras", disse o subsecretário do Tesouro para o Terrorismo e Inteligência Financeira, Brian E. Nelson, citado em comunicado
O Governo britânico, por seu lado, indicou igualmente em comunicado que as sanções visam "aqueles que apoiam ou facilitam as ações dos Huthis no Médio Oriente e no Mar Vermelho". "Advertimos que não hesitaremos em agir para proteger a estabilidade regional e a segurança marítima" na área, afirmou.
O ministro dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido, David Cameron, destacou que os ataques dos Huthis, apoiados pelo Irão, "são inaceitáveis, ilegais e representam uma ameaça às vidas inocentes e à liberdade de navegação".
"Como já deixei claro ao ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão, o regime tem total responsabilidade por estes ataques devido ao amplo apoio militar que deu aos Huthis. Todos aqueles que procuram minar a estabilidade regional devem saber que o Reino Unido, juntamente com seus aliados, não hesitarão em agir", afirmou.
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