Em declarações à emissora privada bTV, Tagarev não especificou em que consistirá a ajuda adicional, segundo a agência espanhola EFE.
"A nossa política é sempre a de analisar os pedidos da parte ucraniana. Vamos ver como podemos ajudar e vamos continuar a trabalhar nesta questão", afirmou.
Até agora, a Bulgária doou mísseis para os sistemas S-300, aparentemente defeituosos e cujo número não foi divulgado, e uma centena de veículos blindados de transporte, também em estado técnico precário, mas que a Ucrânia pode reparar.
"Os veículos blindados ainda estão em Sófia, mas dentro de alguns dias serão transferidos para a Ucrânia, o processo está a decorrer", disse Tagarev, admitindo que há atrasos em algumas entregas.
A indústria de armamento da Bulgária vendeu à Ucrânia equipamento no valor de quatro mil milhões de euros, na maioria pago por países terceiros, bem como munições de artilharia de calibre soviético.
O país balcânico integra a NATO (sigla inglesa da Organização do Tratado do Atlântico Norte) e a União Europeia.
Tagarev também excluiu a possibilidade de a Bulgária enviar soldados para combater na Ucrânia.
O ministro aludiu às recentes declarações do Presidente francês, Emmanuel Macron, que não excluiu a possibilidade de enviar tropas para ajudar a defender a Ucrânia, invadida pela Rússia há dois anos.
"Não existe hoje um consenso sobre o envio de tropas para o terreno de uma forma oficial, aceite e aprovada. Mas, em termos dinâmicos, nada deve ser excluído", afirmou Macron na segunda-feira.
"Faremos tudo o que for necessário para garantir que a Rússia não possa ganhar esta guerra", acrescentou Macron, no final de uma reunião de líderes europeus em Paris.
As declarações de Macron surgiram numa altura em que a Ucrânia se encontra numa "situação extremamente difícil", segundo o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
Kyiv tem sofrido nas últimas semanas uma série de reveses na frente oriental contra o exército russo e aguarda as armas ocidentais de que necessita para sobreviver.
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