A missão "Aspides", conduzida pela Força Naval da União Europeia (EUNAVFOR) e que foi lançada oficialmente em 19 de fevereiro, acompanha os navios comerciais que atravessam esta rota.
"A fragata 'Hessen' [das Forças Armadas alemãs] intercetou um 'drone'. A tripulação iniciou medidas defensivas de acordo com as regras de empenhamento e conseguiu intercetar o veículo aéreo não tripulado", informou o Ministério da Defesa alemão numa mensagem publicada na terça-feira à noite na rede social X (antigo Twitter) e hoje citada pelas agências internacionais.
Também na terça-feira, o Comando Central dos Estados Unidos (CENTCOM) relatou que aviões norte-americanos "e um navio de guerra aliado" tinham abatido cinco 'drones' de ataque unidirecional dos rebeldes iemenitas entre as 21:50 e as 22:55 locais (17:50 e 18:55 hora de Lisboa).
"As forças do CENTCOM identificaram estes 'drones' como provenientes de zonas do Iémen controladas pelos Hutis e determinaram que representavam uma ameaça para os navios mercantes e para os navios da Marinha de Guerra dos Estados Unidos e da coligação destacados na região", acrescentou.
Na sexta-feira passada, a câmara baixa do parlamento da Alemanha votou a favor da participação do país na missão naval "Aspides" da UE.
Mesmo antes da votação parlamentar, a fragata "Hessen" zarpou de Wilhelmshaven para a zona da missão, com o objetivo de poder começar a cumprir o mandato imediatamente após a decisão do hemiciclo.
O ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius, declarou que a missão estava a contribuir para a estabilização da região, acrescentando que se tratava de "uma das mais perigosas para a Marinha de Guerra alemã em décadas".
A missão "Aspides" inclui quatro fragatas provenientes da França, Alemanha, Grécia e Itália, que também vão colaborar com uma patrulha aérea na zona.
A operação tem um caráter defensivo e visa escoltar navios comerciais que navegam pelo Golfo Pérsico, Golfo de Omã, Golfo de Aden e Mar Vermelho, assim como abater quaisquer possíveis mísseis ou 'drones' que os Hutis possam lançar.
Os rebeldes xiitas Hutis, que são apoiados pelo Irão, controlam a capital Saná e outras áreas do norte e oeste do Iémen desde 2015.
Em retaliação à resposta de Israel aos ataques do grupo islamita palestiniano Hamas em 07 de outubro, os rebeldes têm focando maioritariamente as suas operações contra embarcações israelitas ou com ligações a Telavive. Também têm atacado navios com ligações aos Estados Unidos e ao Reino Unido, que têm conduzido manobras militares e bombardeamentos na região.
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