Letónia afirma que "consideraria participar" no envio de tropas à Ucrânia
As autoridades da Letónia deixaram hoje a porta aberta à possibilidade de enviar tropas para a Ucrânia, após declarações nesse sentido do Presidente francês, Emmanuel Macron, que não tiveram eco nos restantes Estados-membros da NATO.
© REUTERS/Alexander Ermochenko
Mundo Guerra na Ucrânia
"A Letónia continua a analisar muitas formas diferentes de reforçar o apoio à Ucrânia. No caso de os aliados da NATO chegarem a um acordo sobre o envio de tropas para a Ucrânia, a Letónia consideraria participar", declarou um porta-voz do Ministério da Defesa letão, citado pela agência noticiosa alemã DPA.
Quem também não excluiu tal hipótese foi um dos seus vizinhos do Báltico, a Lituânia, cujo ministro da Defesa, Arvydas Anusauskas, evitou na terça-feira opor-se "terminantemente" a ela, afirmando existir a possibilidade de enviar tropas para "atividades de formação".
Em contraste, os restantes parceiros da NATO (Organização do Tratado do Atlântico-Norte, bloco de defesa ocidental) descartaram essa medida e atribuíram as palavras de Macron ao seu "desejo" de ajudar a Ucrânia, concordando, por outro lado, com a necessidade de continuar a enviar armamento e munições.
Já Kiev fez saber que qualquer proposta para melhorar a ajuda ao esforço de guerra ucraniano é "bem-vinda".
"Os líderes de vários países europeus sugerem (...) a introdução de novas variáveis e a definição do que se pode fazer. E isso é excelente", afirmou o principal conselheiro da Presidência ucraniana, Mikhailo Podolyak.
A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991, após a desagregação da antiga União Soviética, e que tem vindo a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.
A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, mas não conheceu avanços significativos no teatro de operações nos últimos meses, mantendo-se os dois beligerantes irredutíveis nas suas posições territoriais e sem abertura para cedências negociais.
As últimas semanas foram marcadas por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infraestruturas ucranianas, enquanto as forças de Kiev têm visado alvos em território russo próximos da fronteira e na península da Crimeia, ilegalmente anexada em 2014.
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