Envio de tropas para a Ucrânia? Macron diz que palavras foram "pensadas"

O Presidente de França, Emmanuel Macron, garantiu hoje que as declarações feitas na segunda-feira sobre um possível envio de tropas ocidentais para a Ucrânia não foram fortuitas, assegurando que "cada palavra" sobre o tema é "pensada e medida".

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Lusa
29/02/2024 16:32 ‧ 29/02/2024 por Lusa

Mundo

Emmanuel Macron

Macron referiu-se à polémica desencadeada há três dias, quando, no final de uma cimeira em Paris sobre a Ucrânia, afirmou que não se podia descartar que os países da NATO enviassem tropas para a Ucrânia, uma hipótese da qual praticamente todos os governos aliados se distanciaram rapidamente, com exceção dos países bálticos.

O Presidente francês, que esteve hoje presente na inauguração da vila olímpica, admitiu que aquele não era o local ideal para fazer "avaliações geopolíticas", mas deu a entender que mantém as declarações sobre a Ucrânia, avançou o canal de televisão France Info.

Os ecos destas palavras chegaram também a Moscovo, tendo o Presidente russo, Vladimir Putin, alertado hoje que existe uma ameaça real de guerra nuclear em caso de escalada do conflito na Ucrânia.

"Tem-se falado sobre a possibilidade de enviar contingentes militares da NATO [Organização do Tratado do Atlântico Norte] para a Ucrânia. Lembremo-nos do destino daqueles que enviaram contingentes contra o nosso país", afirmou.

"Agora as consequências para possíveis intervencionistas serão muito mais trágicas", assegurou Putin.

Também o conselheiro sénior da presidência ucraniana, Mikhailo Podoliak, comentou as declarações de Macron, afirmando "acolher com satisfação" qualquer proposta para melhorar a ajuda ocidental a Kiev.

"Os líderes de vários países europeus sugerem (...) introduzir novas variáveis e delinear o que pode ser feito. E isso é excelente", disse.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, já tinha afirmado na quarta-feira que gostava que Macron lhe explicasse as suas declarações com mais pormenor na próxima reunião que planeiam realizar.

Leia Também: Afinal, NATO vai ou não enviar tropas para a Ucrânia? Tudo o que se disse

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