Israel bombardeia posições do Hezbollah após ataque com mísseis

A aviação e a artilharia israelitas atacaram posições do grupo xiita Hezbollah no sul do Líbano em resposta a outro ataque com mísseis à comunidade israelita de Goren, embora não tenha havido feridos do lado israelita.

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© -/AFP via Getty Images

Lusa
29/02/2024 21:08 ‧ 29/02/2024 por Lusa

Mundo

Líbano

"Há pouco, foram identificados lançamentos em direção a Goren, no norte de Israel. Os soldados atacaram a origem do fogo", indicaram as Forças Armadas num comunicado.

Além disso, caças atacaram um complexo militar do Hezbollah na zona de Blida, onde foi identificado um "agente terrorista", e a artilharia eliminou "outra ameaça" na área de Meiss Ej Jabal.

Hoje de manhã, a aviação israelita tinha atacado alvos da milícia xiita libanesa apoiada pelo Irão na zona de Jabal Blat, "incluindo locais de lançamento e umas instalações militares", após o lançamento de 'rockets' a partir do Líbano para Adamit e Shlomi, no norte de Israel.

O Hezbollah reivindicou hoje seis ataques: um realizado com projéteis de artilharia contra um destacamento de soldados israelitas em Jal al-Alam; outros três com 'rockets' dirigidos a soldados em torno da base de Cobra Hill e das cidades de Ramtha e Eilon; um com "armas apropriadas" às quintas de Cheba; e um sexto com mísseis à localidade de Goren, para vingar a morte de dois idosos libaneses na quarta-feira à noite, num bombardeamento israelita a Kafra.

Nos últimos dias, o Hezbollah lançou várias dezenas de 'rockets' contra Israel - mais de 60 numa só tarde -, numa escalada do conflito iniciado em outubro, em solidariedade com o movimento islamita palestiniano Hamas, desde 2007 no poder na Faixa de Gaza e que está em guerra com Israel.

A fronteira entre Israel e o Líbano assiste ao maior pico de tensão desde 2006, com intensas trocas de fogo que fizeram mais de 302 mortos, 219 dos quais nas fileiras do Hezbollah, algumas na Síria.

Em Israel, morreram 16 pessoas na fronteira norte (dez soldados e seis civis).

A 07 de outubro, combatentes do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) -- classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel -- realizaram em território israelita um ataque de proporções sem precedentes desde a criação do Estado de Israel, em 1948, fazendo 1.163 mortos, na maioria civis, e cerca de 250 reféns, 130 dos quais permanecem em cativeiro, segundo o mais recente balanço das autoridades israelitas.

Em retaliação, Israel declarou uma guerra para "erradicar" o Hamas, que começou por cortes ao abastecimento de comida, água, eletricidade e combustível na Faixa de Gaza e bombardeamentos diários, seguidos de uma ofensiva terrestre ao norte do território, que depois se estendeu ao sul.

A guerra entre Israel e o Hamas, que hoje entrou no 146.º dia e continua a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente, fez até agora na Faixa de Gaza mais de 30.000 mortos, mais de 71.000 feridos e milhares de desaparecidos, na maioria civis, de acordo com o último balanço das autoridades locais.

O conflito fez também quase dois milhões de deslocados (mais de 85% dos habitantes), mergulhando o enclave palestiniano sobrepovoado e pobre numa grave crise humanitária, com toda a população afetada por níveis graves de fome que já está a fazer vítimas, segundo a ONU.

Leia Também: Novos ataques no norte de Israel que responde com bombardeamentos

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