O procurador Aly Benjamin Coulibaly diz ter sido informado em 25 de fevereiro de "ataques assassinos em massa (que) teriam sido cometidos nas aldeias de Komsilga, Nodin e Soroe", na província de Yatenga, na região norte do Burkina Faso.
"As mesmas fontes indicaram que o balanço global provisório era de cerca de 170 pessoas executadas, para além dos feridos e de vários outros danos materiais relacionados", acrescentou.
Segundo refere, "tendo em conta a gravidade e as circunstâncias de todos estes relatos e informações, o Ministério Público encarregou o seu departamento de investigação criminal de abrir um inquérito para esclarecer os factos".
Aly Benjamin Coulibaly apelou "a quem tiver informações sobre estes factos que as transmita" ao Ministério Público e/ou à polícia.
O responsável acrescentou ainda que uma equipa de investigadores visitou as várias aldeias em causa no dia 29 de fevereiro para "fazer todas as avaliações necessárias e recolher todos os elementos de prova".
De acordo com habitantes locais contactados pela agência francesa AFP, os sobreviventes afirmaram que entre as vítimas estão dezenas de mulheres e crianças pequenas.
Estes ataques contra três aldeias do Norte são distintos dos que foram perpetrados no mesmo dia contra uma mesquita em Natiaboani (Leste) e uma igreja em Essakane-village (Norte), que fizeram "dezenas de mortos", segundo disseram à AFP fontes locais e de segurança.
Não foram avançados números oficiais sobre estes ataques.
O Burkina Faso enfrenta desde 2015 atos de violência jihadista atribuídos a movimentos armados afiliados à Al-Qaeda e ao grupo Estado Islâmico, que fizeram perto de 20.000 mortos e mais de dois milhões de deslocados internos.
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