"Não haverá tropas americanas destacadas no terreno na Ucrânia. E quer saber? Não é isso que o Presidente Zelensky está a pedir. Ele está a pedir ferramentas e capacidades. Nunca pediu tropas estrangeiras para lutar pelo seu país", destacou o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, John Kirby.
O Presidente francês Emmanuel Macron admitiu esta terça-feira, em Praga, ter apelado a um "impulso estratégico" quando colocou a possibilidade de enviar tropas ocidentais para a Ucrânia, alertando contra o "espírito de derrota".
A 26 de fevereiro, em Paris, no final de uma conferência internacional de apoio à Ucrânia, Macron tinha afirmado que o envio de tropas ocidentais para a Ucrânia não podia "ser excluído" no futuro, reconhecendo, no entanto, que não havia consenso nesta fase entre os aliados de Kiev.
Esta 'provocação' não foi bem recebida pela Alemanha, já depois de uma série de tensões recentes sobre a questão ucraniana.
"Não precisamos (...) de discussões sobre ter mais ou menos coragem", reagiu o ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius, frisando que "não ajuda a resolver os problemas" da Ucrânia.
Sobre o envio de tropas, uma grande maioria dos países ocidentais já tinha feito saber que não previa de forma alguma tal cenário.
Devemos "frustrar a Rússia" sem "travar a guerra" contra ela, destacou, também esta terça-feira, o ministro francês dos Negócios Estrangeiros, Stéphane Séjourné, em entrevista ao canal de televisão francês LCI.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, desencadeada em 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Os aliados ocidentais da Ucrânia têm fornecido armas a Kiev e aprovado sucessivos pacotes de sanções contra interesses russos para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra.
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