Joe Biden faz hoje no Congresso em Washington (já madrugada de sexta-feira em Portugal) o discurso do Estado da União e deverá aproveitar o momento para contrastar a sua visão, do país e do mundo, da dos republicanos e do provável adversário nas presidenciais, Donald Trump.
O discurso é proferido em plena época das eleições primárias democratas e republicanas com vista à nomeação do candidato presidencial às eleições de novembro, apenas dois dias depois da chamada "Super Terça-feira" que envolveu votações em 15 estados.
Biden e os congressistas democratas convidaram vários prestadores de cuidados de saúde e mulheres cujas vidas foram afetadas por leis mais rigorosas em matéria de aborto nos estados com legislaturas controladas pelos republicanos, na sequência da decisão histórica do Supremo Tribunal de Justiça de 2022 que retirou a proteção constitucional ao aborto.
A primeira-dama, Jill Biden, também convidou líderes sindicais, um defensor do controlo de armas e outras pessoas que o casal presidencial norte-americano conheceu enquanto viajava pelos Estados Unidos a promover a agenda política democrata.
Por sua vez, os congressistas republicanos convidaram pessoas que, na sua opinião, representam e colocam em evidência a falência do sistema de imigração do país, uma questão que os eleitores dizem ser uma preocupação central para as eleições de novembro.
Entre os convidados dos democratas, está Kate Cox, uma mulher do Texas a quem foi negado um aborto de emergência pelo Supremo Tribunal estadual, no final do ano passado, embora a sua saúde estivesse em perigo e o feto tivesse numa condição fatal.
Ainda na lista democrata, consta Tammi Kromenaker que passou quase 25 anos em Fargo, Dakota do Norte, a ajudar na gestão da Clínica Feminina Red River, o único local naquele estado que possibilitava a interrupção voluntária da gravidez. Posteriormente, a clínica teve de ser instalada no estado vizinho de Minnesota, para poder continuar a funcionar.
Entre os convidados dos republicanos, figura Tammy Nobles, mãe de uma jovem, Kayla Hamilton, que foi morta em 2022, num caso cujo suspeito é um membro do gangue MS-13 que entrou ilegalmente nos Estados Unidos.
Também constam da lista republicana dois agentes do Departamento de Polícia de Nova Iorque, Ben Kurian e Zunxu Tian, que foram atacados por migrantes num incidente em janeiro que atraiu a atenção nacional.
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