A decisão judicial foi conhecida na quinta-feira em Londres.
Um relatório do ex-espião Christopher Steele sobre os alegados laços de Donald Trump com a Federação Russa tinha provocado uma tempestade política em 2017.
O antigo presidente, que volta a ser candidato à Presidência dos EUA, tinha recorrido ao principal tribunal britânico em nome da lei de proteção de dados por causa do relatório, que agregava informações não confirmadas e evocava em particular um vídeo de caráter sexual.
Trump tinha processado a sociedade de informação privada do ex-agente dos serviços de informações britânicos, o MI6, a Orbis Business Intelligence, e reclamava uma indemnização por perdas morais.
Mas a justiça britânica rejeitou em 01 de fevereiro as pretensões de Trump.
Em decisão obtida hoje pela agência noticiosa britânica PA, a juiza do Tribunal Superior britânico indicou que Trump teria de pagar as custas judiciais da Orbis relativas "ao conjunto da queixa".
A empresa do ex-espião avaliou estes custos em mais de 600 mil libras, segundo a juíza.
Por agora, ordenou o pagamento de 300 mil libras por Trump, enquanto se espera que um juiz especialista decida o total das custas.
Por encomenda dos democratas durante a campanha para as eleições de 2016, Christopher Steele recolheu informação bruta, não confirmada, que ligava Trump à Federação Russa.
O relatório sugeria que o presidente russo, Vladimir Putin, tinha "apoiado e dirigido" uma operação para "promover" a candidatura de Trump às presidenciais dos EUA desde "há pelo menos cinco anos".
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