A justiça norte-americana especificou, em comunicado, que o cúmplice, que não foi identificado, a quem o militar Korbein Schultz forneceu informações, estava particularmente interessado nos "planos potenciais dos Estados Unidos no caso de um ataque militar contra Taiwan".
Korbein Schultz forneceu-lhe nomeadamente "documentos relacionados com os sistemas lançadores múltiplos de foguetes Himars, informações sobre equipamentos hipersónicos, estudos sobre o desenvolvimento futuro das forças militares americanas, sobre países importantes como a República Popular da China e relatórios de contas de exercícios e operações militares", pode ler-se no comunicado.
Em troca desta informação, entre maio de 2022 e a sua detenção na base militar de Fort Campbell (sul), recebeu cerca de 42 mil dólares (38 mil euros, à taxa de câmbio atual) deste cúmplice, que "afirmou viver em Hong Kong e trabalhar para uma empresa de consultoria geopolítica sediada no estrangeiro".
O militar é alvo de uma série de acusações, incluindo a transmissão de informações relativas à defesa nacional, a exportação ilícita de tecnologia militar e a corrupção de um funcionário público.
"As ações abrangidas pela acusação constituem uma grave traição ao juramento de defesa do nosso país", sublinhou Larissa Knapp, chefe da divisão de segurança nacional do FBI, a polícia federal norte-americana, citada no comunicado.
"Em vez de proteger as informações de defesa nacional, o réu conspirou com um estrangeiro para vendê-las, colocando potencialmente em perigo a nossa segurança nacional", acrescentou.
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