O projeto da marginal foi concebido em 2017, com um custo estimado de 25 milhões de euros, garantidos através do cofinanciamento por parte do Governo holandês (50%) e 50% em crédito do Banco Europeu de Investimento (BEI).
"Estamos, sobretudo depois do lançamento da primeira pedra, a ver se, o mais rapidamente possível, [passamos] de facto à consignação, à mobilização", de forma que os são-tomense comecem "a ver aqui o início de uma obra que tem uma grande importância ao nível da proteção costeira, mas também a nível da melhoria do aspeto visual da cidade, para quem vive na capital, mas também para quem visita o nosso país", sublinhou Patrice Trovoada.
O projeto envolve uma extensão de aproximadamente nove quilómetros, que começa perto do aeroporto de São Tomé até ao cruzamento de São Marçal, incluindo trabalhos de proteção costeira, reabilitação de estradas e da paisagem.
O financiamento do BEI e do Governo holandês vai assegurar apenas o início de dois lotes do projeto, correspondentes à primeira fase, mas o primeiro-ministro assegurou que tem contacto avançado com um parceiro para a mobilização de 12,6 milhões de euros para o lote que começa na Baía da Praia Lagarto, perto do aeroporto.
"Evidentemente que estamos a mobilizar outros recursos, que está em boa via. O terceiro lote é de um montante acessível [...] estamos a reativar alguns parceiros, nomeadamente o BAD [Banco Africano de Desenvolvimento] e também outros parceiros do Médio Oriente, com quem estamos a iniciar agora o relacionamento", assegurou Patrice Trovoada.
Com estes parceiros, Patrice Trovoa espera mobilizar recursos para outras obras, nomeadamente para a estação de tratamento de água em Lembá, para a estrada Neves a Santa Cataria, na zona norte de São Tomé, para estradas de Porto Alegre, no sul, e na localidade de Lucumi, na capital são-tomense.
Segundo o primeiro-ministro, a reabilitação do aeroporto de São Tomé, que inclui a instalação de uma nova aerogare, são os próximos projetos estruturantes a serem lançados até o final do primeiro semestre do ano.
"Será uma obra que pela natureza vai trazer muitos benefícios ao país, um aeroporto muito mais seguro, maior fluidez e também do ponto de vista estético e da qualidade dos serviços será importante para o turismo [...]. Vamos dar também um sinal de modernidade, eficiência e de segurança", precisou o chefe do Governo são-tomense.
Com o projeto de requalificação da marginal e do aeroporto, o Governo estima criar mais de 400 postos de trabalhos.
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