Aliados de Kyiv estão "prontos para ocupar a Ucrânia e dividi-la"
Acusações da diplomacia russa.
© Reuters
Mundo Guerra na Ucrânia
A porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Maria Zakharova, acusou, esta quarta-feira, os aliados de Kyiv de querem "dividir" a Ucrânia.
Segundo a agência estatal russa TASS, a diplomata falava sobre o presidente francês, Emmanuel Macron, que "continua a fazer declarações sobre o possível envio de tropas para a Ucrânia". "Ele não descartou que as tropas francesas possam ser enviadas para a Ucrânia se o exército russo (...) invadir Kyiv ou Odessa", atirou.
"Claramente, os aliados da Ucrânia começaram a dividir o país. Todas as declarações que Macron e outras figuras políticas dos países membros da NATO estão a fazer sobre o possível envio de tropas ou de algumas forças paramilitares para a Ucrânia têm a ver com a divisão da Ucrânia, tal como eles a veem", acrescentou.
Na sua ótica, "é por isso que não estão dispostos a conceder a adesão à NATO à Ucrânia". Maria Zakharova acusou assim os membros da NATO de estarem "prontos para ocupar a Ucrânia e dividi-la".
"Trata-se de um flirt constante com a questão e de promessas vazias que nunca são cumpridas, porque tornar a Ucrânia parte da NATO significa que todos os membros do bloco estão prontos a reconhecer as suas fronteiras, mas nem todos os membros da NATO estão prontos para o fazer. Estão prontos para ocupar a Ucrânia e dividi-la; é disso que os líderes políticos desses países estão a falar abertamente. Na verdade, estão a começar a preparar mentalmente tanto o seu próprio povo como os cidadãos ucranianos para tais ações", acusou.
Recorde-se que a ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A Ucrânia tem contado com ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais desde que a Rússia invadiu o país.
Os aliados de Kyiv também têm decretado sanções contra setores-chave da economia russa para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra na Ucrânia.
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