Israel: Segundo navio com ajuda humanitária pronto para sair de Chipre

Um segundo navio carregado com ajuda humanitária para Gaza está no porto de Larnaca, à espera de zarpar após a primeira entrega de alimentos para o território palestiniano ter sido descarregada com sucesso, anunciou hoje o governo cipriota.

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© IBRAHEEM ABU MUSTAFA/REUTERS

Lusa
13/03/2024 15:58 ‧ 13/03/2024 por Lusa

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Israel/Palestina

"Na opção atual, estamos a operar através de uma ONG, e já temos um acompanhamento com um navio comercial maior" que poderá deixar Chipre "após a primeira descarga, se não houver problemas", explicou o ministro dos Negócios Estrangeiros cipriota, Constantinos Kombos, à imprensa.

O navio "está em Larnaca desde sábado [e] o navio e a carga estão a ser inspecionados", acrescentou Kombos, sem especificar a quantidade de ajuda transportada.

A ajuda está a ser fretada pela organização não-governamental (ONG) World Central Kitchen (WCK), parceira na organização da primeira viagem, bem como pelos Emirados Árabes Unidos e outros países, acrescentou.

O primeiro barco que utiliza um corredor marítimo entre Chipre e a Faixa de Gaza (370 quilómetros) partiu na terça-feira com uma barcaça carregada com 200 toneladas de ajuda.

O navio, pertencente à ONG espanhola Open Arms, deverá demorar "vários dias" a chegar a um ponto de descarga não identificado na costa de Gaza, segundo uma porta-voz da ONG.

De acordo com a página na internet Vessel Finder, o navio viajava a uma velocidade muito baixa na quarta-feira e estava a cerca de 260 quiómetros de Gaza.

Aí, a ajuda será entregue num cais construído para a ocasião pela WCK, que a distribuirá em seguida à população à beira da fome.

De acordo com a ONU, a grande maioria dos 2,4 milhões de habitantes de Gaza está ameaçada pela fome, sendo a situação particularmente grave para 300.000 pessoas no norte do território, onde a distribuição da ajuda é perigosa.

"Esta é uma viagem inaugural e temos de garantir que temos a capacidade de descarregar e distribuir" a ajuda em boas condições, assegurou Kombos.

Uma das preocupações é o bom desenrolar das operações no terreno e a "gestão das multidões" que esperam desesperadamente por alimentos no território bombardeado e sitiado desde o início da guerra entre Israel e o grupo islamita Hamas, a 7 de outubro, segundo o ministro.

"Queremos que a população saiba que haverá entregas regulares", sublinhou, acrescentando que o corredor marítimo é "um elemento adicional ao que já existe".

Perante a insuficiência da ajuda que chega a Gaza por via terrestre, estão a decorrer há uma semana operações diárias de lançamento de alimentos por via aérea. Mas a ONU insiste que o envio de ajuda por mar ou por ar não substitui o envio por terra.

Simultaneamente, os Estados Unidos enviaram cinco navios com o equipamento necessário para a construção de um cais e de um pontão em Gaza, para a entrega de ajuda humanitária. A viagem deverá durar cerca de 30 dias e as instalações estarão prontas "dentro de 60 dias", segundo as autoridades norte-americanas.

A operação cipriota, conhecida como Amalthea, e a iniciativa norte-americana "são hoje diferentes, mas serão integradas no futuro, o que permitirá procedimentos de inspeção mais rápidos" para as cargas em Larnaca, explicou Kombos.

O chefe da diplomacia cipriota lamentou que o seu país tenha estado "sozinho durante muito tempo" na União Europeia a trabalhar num corredor marítimo, antes de receber o apoio da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

Leia Também: Cinco mortos em ataque a centro de distribuição alimentar em Rafah

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