"Pouco tempo resta para evitar a perda maciça de vidas de crianças e do seu futuro", disse a representante da Unicef no Sudão, Mandeep O'Brien, na rede social X (antigo Twitter).
Em 11 meses de "guerra brutal" entre o exército sudanês e o grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido (RSF, na sigla em inglês), "14 milhões de crianças precisam de assistência humanitária, quatro milhões de crianças estão deslocadas e milhões passam fome e sofrem de subnutrição aguda", acrescentou.
"Precisamos de um cessar-fogo, de acesso livre e de mais recursos agora", afirmou.
Na quarta-feira, a organização Save the Children informou que cerca de 230.000 crianças, mulheres grávidas e mães recentes poderão morrer de fome nos próximos meses, se não forem disponibilizados fundos urgentes para salvar vidas no Sudão.
O país está a sofrer uma das piores crises humanitárias e a maior vaga atual de movimentos migratórios do mundo, com 25 milhões de pessoas a necessitar de ajuda e apoio humanitário.
Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), o conflito já causou mais de oito milhões de pessoas deslocadas e refugiadas e quase 14.000 mortos.
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