O principal porta-voz do Governo alemão, Steffen Hebestreit, declarou, durante uma conferência de imprensa regular do Executivo, que Scholz será recebido na Jordânia pelo rei Abdullah II, com quem discutirá também a situação na Faixa de Gaza e no Médio Oriente de forma geral.
O chanceler alemão abordará especificamente a participação alemã na ponte aérea estabelecida a partir da Jordânia para lançar ajuda humanitária sobre Gaza, com recurso a dois aviões de transporte Hércules -- cada um com capacidade para até 18 toneladas de carga.
Em princípio, a missão está prevista para começar nos próximos dias, segundo o ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius.
No domingo, Scholz vai deslocar-se a Israel, onde manterá reuniões com Netanyahu e também com o presidente israelita, Isaac Herzog. Até ao momento, não está previsto nenhum encontro com representantes da Autoridade Nacional Palestiniana.
Hebestreit observou que isso ocorre porque a visita "é muito curta".
O porta-voz alemão sublinhou que, durante a sua visita a Israel, Scholz defenderá que Alemanha está ao lado de Israel no seu direito de defesa, mas ao mesmo tempo, argumentará que deve ser permitido o envio de mais ajuda humanitária para Gaza.
Israel deve permitir o acesso ao porto de Ashdod, onde poderiam atracar mais navios do que num ancoradouro que está a ser construído para a chegada do barco da organização não-governamental (ONG) espanhola Open Arms, que é visto como um "projeto-piloto", sublinhou o porta-voz do Ministérios dos Negócios Estrangeiros, Sebastian Fisher.
Hebestreit também observou que Scholz também irá reiterar a sua forte rejeição a uma operação militar terrestre em Rafah, no extremo sul da Faixa que faz fronteira com o Egito, onde vivem 1,4 milhões de pessoas deslocadas.
Esta é a segunda viagem do chanceler alemão à região desde o ataque terrorista do grupo islamita palestiniano Hamas realizou contra Israel em 07 de outubro, sublinhou Hebestreit.
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