Segundo Xi, as eleições, nas quais as autoridades não permitiram a participação de nenhuma alternativa forte de oposição, "refletem plenamente o apoio da Rússia a Putin".
"Nos últimos anos, o povo russo uniu-se, superou desafios e fez progressos no sentido do desenvolvimento e da revitalização nacional", disse Xi, numa declaração divulgada pela agência noticiosa oficial Xinhua.
O líder chinês acrescentou que a Rússia "vai, sem dúvida, acrescentar mais conquistas sob a liderança de Putin".
"A China atribui grande importância às nossas relações e estamos dispostos a manter uma comunicação estreita com Moscovo para promover o desenvolvimento sustentado, sólido, estável e profundo da nossa parceria estratégica em benefício dos dois povos", afirmou.
O porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Lin Jian, felicitou hoje o político russo numa conferência de imprensa e manifestou a sua convicção de que "as relações China - Rússia continuarão a desenvolver-se sob a liderança" de Putin e Xi.
"A China e a Rússia são os maiores vizinhos e parceiros estratégicos um do outro", disse Lin.
Em fevereiro de 2022, pouco antes do início da invasão russa na Ucrânia, Putin e Xi proclamaram em Pequim uma "amizade sem limites" entre as suas nações, que celebram este ano o 75º aniversário do estabelecimento de relações diplomáticas.
A China tem mantido uma posição ambígua sobre a guerra na Ucrânia, ao apelar ao respeito pela "integridade territorial de todos os países", e à atenção pelas "preocupações legítimas de todos os países", em referência à Rússia.
Pequim também procurou contrariar as críticas de que apoia a Rússia na sua campanha na Ucrânia e apresentou um documento de posição de 12 pontos sobre a disputa que foi recebido com ceticismo pelo Ocidente.
O país asiático tem prestado importante apoio político, diplomático e económico à Rússia. O comércio bilateral registou, em 2023, um crescimento homólogo de 26,3%, para 240 mil milhões de dólares (223 mil milhões de euros).
Pequim considera a parceria com a Rússia fundamental para contrapor a ordem democrática liberal, liderada pelos Estados Unidos.
Em dezembro passado, o Presidente chinês, Xi Jinping, voltou a frisar que manter relações robustas com a Rússia é uma "escolha estratégica" da China, durante uma reunião com o primeiro-ministro russo, Mikhail Mishoustin, em Pequim.
"Os dois chefes de Estado vão continuar a manter um intercâmbio estreito, levar os dois países a manter a sua amizade de boa vizinhança e de longa data, aprofundar a coordenação estratégica global e promover o desenvolvimento contínuo das relações China - Rússia", disse o porta-voz da diplomacia chinesa.
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