Chefes da diplomacia da UE aprovam mais 5.000 milhões em apoio a Kyiv

Os chefes da diplomacia da União Europeia (UE) reforçaram hoje o apoio militar à Ucrânia para este ano com cinco mil milhões de euros, anunciou o ministro português da tutela, admitindo que esta ajuda "não será a última".

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Lusa
18/03/2024 16:32 ‧ 18/03/2024 por Lusa

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Guerra na Ucrânia

"Os cinco mil milhões estão aprovados e houve alguma discussão sobre como é que isso pode ter impacto a curto prazo também no nosso apoio conjunto para a Ucrânia. É um passo muito positivo, mas infelizmente, atendendo às perspetivas atuais, não será o último apoio através do Mecanismo Europeu de Apoio à Paz [MEAP]", anunciou o ministro português dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho.

Falando à imprensa portuguesa em Bruxelas à margem de uma reunião dos chefes da diplomacia da UE, o responsável português pela tutela defendeu suporte contínuo a Kyiv.

"Para apoiarmos a Ucrânia, aquilo que temos de fazer é reforçar o apoio militar concreto, nomeadamente apoiando em munições e, por isso, Portugal tomou na semana passada a decisão de avançar com mais 100 milhões de euros para uma aquisição conjunta com a República Checa de munições", adiantou João Gomes Cravinho.

Na reunião de hoje em Bruxelas, os ministros europeus dos Negócios Estrangeiros deram aprovaram o reforço do MEAP em cinco mil milhões de euros, a preços correntes, reservando esta verba para a Ucrânia no âmbito de um novo fundo que visa assegurar que o país tem assistência militar para se continuar a defender da invasão russa.

Denominado Fundo de Assistência à Ucrânia (FAU), o novo instrumento visa "maximizar o valor acrescentado da UE em termos de prestação de mais e melhor apoio operacional à Ucrânia, complementando os esforços bilaterais dos Estados-membros da UE e centrando-se no aumento dos contratos públicos conjuntos das indústrias de defesa europeia e norueguesa", refere o Conselho da União em comunicado de imprensa.

As verbas em causa estavam bloqueadas no Conselho e destinam-se a assegurar que os países continuam a fornecer à Ucrânia as munições de que as forças armadas ucranianas necessitam, numa lógica de reembolso das doações dos Estados-membros (ou seja, das existências, das compras unilaterais e conjuntas de equipamento disponível no mercado e das aquisições unilaterais).

Na sequência da decisão de hoje, o limite máximo financeiro do MEAP totalizará mais de 17 mil milhões de euros para o período de 2021-2027.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Os aliados ocidentais da Ucrânia têm fornecido armas a Kiev e aprovado sucessivos pacotes de sanções contra interesses russos para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra.

Leia Também: Rússia? "Se fosse democracia plena", não sustentaria guerra com Ucrânia

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