China avisa EUA que "não têm direito de intervir" com as Filipinas

A China afirmou hoje que os Estados Unidos "não fazem parte" da questão do Mar do Sul da China e, por conseguinte, "não têm o direito de intervir" nas disputas marítimas entre Pequim e Manila.

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Lusa
19/03/2024 09:25 ‧ 19/03/2024 por Lusa

Mundo

China

O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Lin Jian, disse em conferência de imprensa que a cooperação militar entre os EUA e as Filipinas "não deve prejudicar a soberania e os direitos marítimos da China" e "não deve apoiar reivindicações ilegais".

Lin reagiu assim às afirmações do Secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, que afirmou hoje, em Manila, que os Estados Unidos vão defender ataques a navios filipinos "em qualquer parte" do Mar do Sul da China, no meio de tensões crescentes entre Pequim e Manila sobre a soberania do território nessas águas.

O porta-voz sublinhou que a China "continuará a tomar as medidas necessárias para defender firmemente a sua soberania territorial e os seus direitos marítimos", bem como "manter a paz e a estabilidade" no Mar do Sul da China.

Há meses que as Filipinas e a China se acusam mutuamente de pequenos embates e incidentes entre navios - por vezes da guarda costeira - de ambos os países em águas próximas dos territórios que ambos reivindicam, incluindo no arquipélago de Spratly, no Mar do Sul da China.

Até à data, nenhum destes incidentes acionou o tratado de defesa mútua entre os EUA e as Filipinas.

O Governo chinês reivindica a quase totalidade do Mar do Sul da China, uma via fundamental para o comércio mundial ria em recursos energéticos, por "razões históricas".

Pequim também disputa territórios com a Malásia, Vietname, Taiwan e Brunei.

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