"Sabemos que essa colaboração, que é um meio de obtenção de provas, fornece elementos extremamente importantes que nos fazem acreditar que em breve teremos uma solução para o assassínio da vereadora. O processo segue sob segredo de justiça, como todos sabem", disse o ministro da Justiça brasileiro, Ricardo Lewandowski.
Lessa disse quem o contratou para executar o crime e por que queria matar Franco. Também apresentou as circunstâncias da morte, e pormenores dos encontros que teve com quem o contratou, antes e depois do crime, no qual morreu também o motorista Anderson Gomes, informou o portal de notícias brasileiro G1.
A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, irmã de Marielle, mostrou-se otimista em relação às investigações depois destes novos desenvolvimentos: "As notícias que acabam de sair sobre a investigação do caso da minha irmã e do Anderson dão-nos fé e esperança de que finalmente teremos respostas para este assassínio político, cobarde e brutal".
Numa mensagem na rede social X (antigo Twitter), a ministra acrescentou que o anúncio de Lewandowski, a partir do diálogo com o juiz Alexandre de Moraes, demonstra para o país "que as instituições de justiça continuam empenhadas em solucionar o caso. É mais um passo adiante".
"Continuaremos até o fim e trabalharemos para que nunca mais a vida de uma pessoa seja interrompida por causa de quem ela é ou das ideias que defende", disse Anielle Franco.
Na semana passada, a investigação sobre os responsáveis pelo homicídio chegou ao Supremo Tribunal Federal, depois de ter sido identificado o suposto envolvimento de uma pessoa com imunidade penal.
O tribunal superior é responsável por julgar pessoas que, por ocuparem cargos públicos, têm o direito, em caso de serem acusadas de um crime, de serem julgadas por um tribunal diferente daquele que seria aplicado a um cidadão normal.
O homicídio de Marielle Franco, em março de 2018, chocou parte da sociedade brasileira. Destacada ativista da defesa dos direitos das minorias, a vereadora e o motorista foram mortos a tiro quando circulavam pelo centro do Rio de Janeiro.
Seis anos após o crime, os antigos polícias Ronnie Lessa e Elcio Queiroz estão presos acusados de cometer o homicídio. Dois são suspeitos de participarem, Maxwell Simões Correa que terá cedido o seu veículo para esconder as armas, e Edilson Barbosa dos Santos, dono do estabelecimento responsável de se desfazer do veículo.
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