Volodymyr Zelensky revelou ainda que a Ucrânia está a trabalhar na assinatura de novos acordos bilaterais de segurança como os que já alcançou com países como o Reino Unido, Alemanha e França.
Nestes acordos, os parceiros da Ucrânia definem o montante que irão gastar para ajudar Kyiv este ano e comprometem-se a oferecer apoio militar durante os próximos 10 anos.
"Haverá novos pacotes de defesa, incluindo artilharia", disse Zelensky, que lembrou que a Ucrânia sofre de "escassez" nesta matéria.
O chefe de Estado ucraniano também saudou a decisão de mais países aderirem ao plano checo de compra de 800 mil munições de artilharia fora da União Europeia, que serão depois entregues à Ucrânia.
Os países que aderirem ao plano contribuem com dinheiro para adquirir essas munições.
"É claro que a prioridade da defesa aérea, da guerra eletrónica (meios) e dos 'drones' ainda existe", disse Zelensky, que agradeceu aos países que o ajudam nestes domínios.
O líder ucraniano declarou que "os 'drones' ucranianos já estão a dar resultados sólidos", referindo-se aos dispositivos de produção própria, e antecipou "um impulso significativo" na cooperação com parceiros estrangeiros no domínio dos dispositivos não tripulados.
O ministro da Defesa ucraniano, Rustem Umérov, participou na reunião de aliados ucranianos realizada na Base Aérea dos Estados Unidos de Ramstein, no sudoeste da Alemanha, e explicou os resultados mais importantes no final da reunião.
"Os parceiros anunciaram pacotes de ajuda que incluem munições de artilharia de 155, 152 e 105 mm", disse o ministro, reconhecendo que as forças ucranianas precisam urgentemente de mais artilharia.
Umérov explicou ainda que a Ucrânia receberá "mais mísseis" para os seus sistemas de defesa aérea e saudou a entrada de mais países na chamada coligação de 'drones', que procura dotar as forças de Kyiv de mais recursos.
O ministro da Defesa ucraniano destacou também as medidas que estão a ser tomadas para que os caças F-16 ocidentais cheguem à Ucrânia o mais rapidamente possível.
À margem da reunião, a Alemanha anunciou um novo pacote de ajuda militar à Ucrânia no valor de 500 milhões de euros, composto por dezenas de milhares de munições, sistemas de defesa aérea e 200 veículos blindados de infantaria e de transporte.
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