Em comunicado, o Conselho da UE afirma que "decidiu impor restrições contra 33 pessoas e duas organizações associadas à morte súbita do opositor russo Alexei Navalny", enquanto estava a cumprir uma pena de prisão de mais de 19 anos no estabelecimento prisional IK-3, conhecido como "Lobo Polar", no Ártico.
As sanções incluem os estabelecimentos prisionais onde Alexei Navalny esteve detido, o IK-3 e o IK-6, que "são conhecidas pela pressão física e psicológica exercida sobre os prisioneiros, total isolamento, tortura e violência".
Nestes dois estabelecimentos prisionais, Alexei Navalny "sofreu abusos" e tratamentos "desumanos e degradantes".
O Conselho da UE também sancionou Andrey Suvorov, o juiz que sentenciou Navalny, Kirill Nikiforov, que rejeitou o processo contra o IK-6 para avaliar a transferência para uma cela de castigos durante 12 dias, assim como Evgenia Nikolaeva e Natalia Dudar, responsáveis por várias condenações de opositores russos, incluindo Navalny, "contribuindo, deste modo, para a repressão política na Rússia".
A lista de sancionados inclui também vários elementos do Ministério da Justiça russo e do sistema penitenciário.
Com os nomes anunciados hoje, a lista de sanções por violações dos direitos humanos impõe hoje restrições a 104 pessoas e 23 organizações de vários países acusados de violar estes direitos fundamentais.
As sanções incluem o congelamento de ativos que tinham em território da UE, assim com a proibição de viajar para qualquer um dos países do bloco comunitário e de práticas comerciais.
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