"Horrendo", "hediondo" e "inaceitável". As reações ao atentado em Moscovo

O Estado islâmico reivindicou o ataque na sala de espetáculos na capital da Rússia através da sua agência de propaganda, que fez mais de 60 mortos e centenas de feridos.

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© STRINGER/AFP via Getty Images

Daniela Carrilho
22/03/2024 23:55 ‧ 22/03/2024 por Daniela Carrilho

Mundo

Tiroteio em Moscovo

Pelo menos 60 pessoas foram mortas e mais de 140 ficaram feridas, esta sexta-feira, na sequência de um tiroteio numa sala de espetáculos na Crocus City Hall, em Moscovo. Vários homens armados abriram fogo com armas automáticas contra os presentes.

Este é um dos ataques mais mortíferos na Rússia em décadas, relata a agência Reuters. O grupo Estado Islâmico reivindicou a responsabilidade pelo ataque. 

Entretanto, vários líderes e personalidades nacionais e internacionais reagiram ao ataque, considerando-o um "pesadelo", um "massacre" e "horrendo".

União Europeia (UE) expressou a sua consternação pelo ataque e condenou "qualquer ataque contra civis".

"A UE está chocada e consternada com as notícias de um ataque terrorista no Crocus City Hall, em Moscovo. Os nossos pensamentos estão com todos os cidadãos russos afetados", afirmou o porta-voz do Serviço Europeu para a Ação Externa (SEAE), Peter Stano.

O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, prestou "tributo à memória dos afetados por este ato horrífico de terrorismo".

"A luta incansável da União Europeia contra o terrorismo persiste, inabalável, para salvaguardar os nossos cidadãos e os nossos valores", salientou.

Já a presidência norte-americana lamentou as "vítimas do terrível ataque", afirmou John Kirby, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, referindo-se a "imagens horríveis e difíceis de ver" e afirmando que os Estados Unidos procuram "obter mais informações".

Casa Branca lamenta vítimas do "terrível ataque" em Moscovo

A presidência norte-americana lamentou hoje as "vítimas do terrível ataque" numa sala de concertos em Moscovo, segundo um porta-voz da Casa Branca, que rejeitou por enquanto envolvimento ucraniano.

Lusa | 19:08 - 22/03/2024

A porta-voz da diplomacia russa, Maria Zakharovadenunciou um "ataque terrorista sangrento" e um "crime monstruoso", enquanto a Ucrânia negou qualquer responsabilidade, implicando os serviços secretos russos no ataque.

A viúva de Navalny, Yulia Navalnaya, considerou que os envolvidos no crime "devem ser responsabilizados". "Que pesadelo em Crocus. Condolências às famílias das vítimas e recuperação aos feridos. Todos os envolvidos neste crime devem ser encontrados e responsabilizados", escreveu Navalnaya.

 

O ministro dos Negócios Estrangeiros português, João Gomes Cravinho, afirmou que as notícias vindas de Moscovo "são horrendas" e que "ataques contra civis são sempre inaceitáveis".

Augusto Santos Silva, o presidente da Assembleia da República, condenou o ataque em Moscovo. "O atentado terrorista perpetrado, hoje, em Moscovo merece a mais firme condenação. Nada, mesmo nada, o justifica", pode ler-se numa publicação nas redes sociais.

O secretário-Geral da ONU, António Guterres, condenou o ato terrorista "nos termos mais fortes possíveis" e "transmitiu as suas profundas condolências às famílias enlutadas, ao povo e ao governo da Federação Russa. "Deseja aos feridos uma rápida recuperação", declarou Guterres num comunicado divulgado pela Sky News.

O primeiro-ministro indigitado, Luís Montenegro, também condenou "veemente" este atentado, considerando-o "intolerável". "Condeno veementemente os atentados terroristas em Moscovo. A barbárie do terror é sempre intolerável. Consternado, deixo toda a solidariedade às vítimas e às suas famílias", afirmou.

A primeira-ministra de Itália, Georgia Meloni, também recorreu às redes sociais para expressar "total solidariedade" com todos os afetados do "hediondo ato de terrorismo". "O horror do massacre de civis inocentes em Moscovo é inaceitável. O Governo italiano condena com firmeza e sem reservas este hediondo ato de terrorismo. Manifesto a minha total solidariedade para com as pessoas afetadas e as famílias das vítimas", escreveu a líder italiana.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros de Espanha mostrou "solidariedade" pelas vítimas deste ataque.

"Estamos consternados com as notícias vindas da Rússia. A nossa solidariedade vai para com as vítimas, as suas famílias e o povo russo. A Espanha condena qualquer forma de violência", pode ler-se no X (antigo Twitter).


O Ministério dos Negócios Estrangeiros de França considerou o ataque desta noite "hediondo". "As imagens de Moscovo são horríveis. Os nossos pensamentos vão para as vítimas e para os feridos, bem como para o povo russo. Há que envidar todos os esforços para determinar as causas destes atos hediondos", declarou.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, manteve-se em silêncio, mesmo tendo sido informado sobre o ataque "nos primeiros minutos" e continuando a receber atualizações constantes sobre o decorrer das operações.

Confira os momentos antes de se ouvirem os primeiros tiros em Moscovo, aqui.

Nas imagens divulgadas por testemunhas nas redes sociais, vários homens podem ser vistos a disparar contra pessoas que estavam no local e corpos de vítimas sobre poças de sangue - suspeitos esses que estão agora a ser procurados pelas autoridades russas.

Os canais do Telegram especificam que até 6.200 pessoas poderiam estar na sala de concertos no momento do ataque, já que todos os ingressos para o espetáculo foram vendidos.

A seguir ao atentado, os bombeiros tentavam extinguir com a ajuda de helicópteros o incêndio que deflagrou no edifício e que provocou o desabamento de parte da cobertura.

Leia Também: As imagens do aparato ao redor do Crocus City Hall em Moscovo

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