A AFP tinha noticiado anteriormente que, após a rejeição da proposta norte-americana, na sexta-feira, um texto alternativo apresentado por sete membros não permanentes do Conselho (Argélia, Eslovénia, Guiana, Malta, Moçambique, Serra Leoa e Suíça) seria submetido a votação hoje.
O adiamento foi decidido para permitir a continuação das discussões sobre o projeto de resolução. A última versão, disseram as mesmas fontes à AFP, "apela a um cessar-fogo humanitário imediato".
A votação ocorre depois de a Rússia, China a Argélia terem vetado uma proposta de resolução apresentada no Conselho de Segurança da ONU pelos Estados Unidos para um cessar-fogo imediato.
O Conselho, que há anos se encontra largamente dividido sobre a questão israelo-palestiniana, só conseguiu aprovar duas resoluções sobre o assunto desde 07 de outubro, essencialmente humanitárias. Os resultados são escassos: a ajuda a Gaza continua a ser largamente insuficiente e a fome é iminente.
Várias outras resoluções políticas foram rejeitadas por vetos norte-americanos, por um lado, e russos e chineses, por outro, ou por um número insuficiente de votos.
Também na sexta-feira, a França defendeu um acordo no Conselho de Segurança da ONU com base num texto francês.
Segundo uma fonte diplomática, o texto mais amplo e a mais longo prazo incluiria a consolidação de um eventual cessar-fogo, a libertação de reféns, o papel da Autoridade Palestiniana e da ONU em Gaza após a guerra e o relançamento de um processo político.
A Rússia e a China vetaram o projeto de resolução proposto pelos Estados Unidos, um texto que recebeu 11 votos a favor, uma abstenção - da Guiana - e três votos contra, entre eles da Rússia e da China, dois membros permanentes do Conselho de Segurança com poder de veto, além da Argélia.
A resolução, proposta após mais de cinco meses de guerra, marcou a primeira vez que os Estados Unidos pediram um cessar-fogo imediato em Gaza no Conselho de Segurança, após terem vetado vários projetos apresentados por outros países.
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