"No início deste mês, o Governo dos EUA teve informações sobre um ataque terrorista planeado em Moscovo -- visando potencial grandes aglomerados, incluindo concertos --, o que levou o Departamento de Estado a emitir um aviso público aos americanos na Rússia", escreveu a porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, Adrienne Watson, na rede social X.
A porta-voz do Conselho de Segurança Nacional salientou que "o Governo dos EUA também partilhou esta informação com as autoridades russas, em conformidade com a sua política de longa data de 'dever de avisar'".
No dia 07, o Departamento de Estado norte-americano emitiu um alerta através do qual informava que a embaixada dos EUA na Rússia estava a "monitorizar relatórios" sobre "planos iminentes" de um grupo extremista para atacar "grandes aglomerados em Moscovo".
"Os cidadãos americanos são aconselhados a evitar grandes grupos de pessoas nas próximas 48 horas", alertou.
Pelo menos 133 pessoas foram mortas, segundo as autoridades russas, depois de quatro indivíduos armados terem aberto fogo contra centenas de civis numa sala de concertos num centro comercial nos arredores da capital russa, na sexta-feira.
O ataque foi reivindicado pelo Estado Islâmico (EI), que diz ter ocorrido no contexto da "guerra violenta" entre o grupo e "os países que lutam contra o Islão".
O Serviço Federal de Segurança (FSB) russo relatou a detenção de onze indivíduos alegadamente ligados ao atentado, entre os quais os quatro terroristas que terão perpetuado diretamente o atentado.
O Presidente russo, Vladimir Putin, condenou hoje o que denominou de ato terrorista "bárbaro e sangrento", e apelou à vingança.
Embora não tenha especulado sobre os autores intelectuais do ataque, sugeriu que os quatro detidos tentavam cruzar a fronteira para a Ucrânia, que, segundo o líder russo, tentou criar uma "janela" para ajudá-los a escapar.
As autoridades ucranianas negaram qualquer envolvimento no ataque e uma fonte da inteligência dos EUA disse à Associated Press que as agências norte-americanas confirmaram que o grupo era responsável pelo ataque.
Diversos líderes mundiais têm condenado o atentado e manifestado solidariedade com as vítimas e famílias.
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